AÉCIO NEVES JÁ APARECE EMPATADO COM DILMA NO SEGUNDO TURNO. E PODE ATÉ MESMO VENCER NO PRIMEIRO TURNO!
Com 36% das intenções de voto na simulação de primeiro turno, a presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT, mantém a liderança da disputa pelo Palácio do Planalto. Mas, pela primeira vez, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) aparece tecnicamente empatado com ela no teste de segundo turno.
Segundo o Datafolha, se o turno final da disputa fosse hoje, Dilma teria 44% dos votos, Aécio alcançaria 40%. Como a margem de erro do levantamento é de dois pontos para mais ou para menos, eles estão na situação limite de empate técnico.
Num eventual disputa de segundo turno contra o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB), o resultado seria 45% para Dilma contra 38% para Campos. É também a menor diferença entre os dois na série de nove pesquisas do Datafolha com este cenário desde agosto de 2013.
Em relação à pesquisa anterior, feita no começo do mês, o quadro do primeiro turno apresenta pouca diferença. Em 15 dias, Dilma oscilou de 38% para 36%. Aécio manteve os 20%. Campos oscilou de 9% para 8%.
Juntos, todos os rivais de Dilma também somam 36%. Considerando a margem de erro, portanto, não é possível dizer se haveria ou não segundo turno se a disputa fosse hoje.
A oscilação negativa de Dilma no primeiro turno e a aproximação de seus rivais em simulações de segundo turno são coerentes com o aumento do percentual de eleitores que julgam o atual governo como ruim ou péssimo.
Conforme a pesquisa, 29% desaprovam a gestão Dilma. Este é, numericamente, o maior percentual de ruim e péssimo para a petista desde o início de sua gestão, em 2011.
Já o total de eleitores que classificam a administração como boa ou ótima são 32% agora, praticamente a mesma taxa apurada no fim de junho de 2013, imediatamente após a grande onda de protestos pelo país. Naquela ocasião, a taxa de aprovação à gestão petista despencou de 57% para 30%.
Em relação à pesquisa anterior, a taxa de rejeição a Dilma subiu de 32% para 35%. O segundo mais rejeitado é o candidato Pastor Everaldo (PSC), que tem 3% das intenções de voto, mas 18% de rejeição.
Os que rejeitam Aécio oscilaram de 16% para 17%. Campos mantém os 12% da pesquisa anterior.
O Datafolha ouviu 5.377 eleitores em 223 municípios na terça (15) e nesta quarta-feira (16). O levantamento foi encomendado pela Folha em parceria com a TV Globo.
MEU COMENTÁRIO: Dado ao tamanho do rolo compressor do governo, o fato de Aécio Neves, antes mesmo de iniciar os programas da campanha pela televisão, quando estará mais exposto ao grande público, empatar com a Dilma no segundo turno é uma notícia alentadora para a oposição.
Acresce a este fato um detalhe importante: mesmo detendo a máquina estatal nas mãos, negociando ministérios e tendo aparelhado todos os órgãos públicos da administração direta e indireta, Dilma despenca, segundo o instituto DataFolha, em todos os itens.
O que é mortal eleitoralmente para a candidata do PT, é a rejeição que vem crescendo sem parar.
Houve portanto uma aceleração do desgaste da Dilma, como nunca antes neste país. Praticamente desde o início das pesquisas eleitorais a candidata do PT segue despencando em todos os quesitos.
A suposta liderança da Dilma no primeiro turno é óbvia, porque os votos da oposição estão dispersos. Mas nota-se uma inclinação no segundo turno que lembra o fenômeno da manada. Todos tendem a correr numa direção em bloco contra Dilma e o PT, concentrando a votação naquele candidato, no caso Aécio Neves, que representa a mudança objetiva nos rumos do Brasil, já que Aécio nunca participou do governo do PT, ao contrário de Eduardo Campos, que esteve até há pouco apoiando o governo petista, tendo sido ministro de Lula.
E não será surpresa se houver já no primeiro turno a concentração de votos no oposicionista Aécio Neves liquidando a fatura de cara.
Há um sentimento geral, depois da derrota do Brasil na Copa do Mundo, que tudo está indo muito mal no Brasil sob o governo do PT e está na hora de mudar. Aliás, isto é um fenômeno eleitoral típico que a toda hora acaba ocorrendo em eleições aqui e em qualquer parte do mundo. Faz parte do jogo democrático.
Outro detalhe que pesa de forma decisória nesta eleição é o componente econômico. O governo do PT perdeu o controle da economia e permitiu de forma irresponsável o retorno da inflação que faz subir os preços de todos os produtos, principalmente os alimentos, de forma assustadora.
Além disso a farra do crédito fácil estimulada pelos governos de Lula e da Dilma, deixou pelo caminho muitos cidadãos endividados e que agora se encontram numa situação de penúria, haja vista que têm de arcar com juros em pagamentos atrasados e ainda enfrentar a volta da carestia.
Tudo isso somado se reflete nas sondagens eleitorais. E a estimativa para o crescimento da economia brasileira é pífio e pode fechar 2014 com menos de 1%.
E aí não há milagre. Bolsos vazios, urnas cheias de votos em favor da oposição.
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