"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 19 de março de 2014

MARIA DILMA ANTONIETA (REPLAY)

           “Se o povo não tem pão, por que não come brioches”?
 

Fui buscar na Wilkipedia se a rainha guilhotinada Maria Antonieta, na ferveção da Revolução Francesa tinha ou não dito a frase fatal: “se o povo não tem pão, por que não come brioches”? Isso teria inflamado a multidão plebéia, que pediu, cheia de ódio, que a cabeça da rainha fosse separada do corpo, através da guilhotina. 
E nesse embrulho histórico caiu a monarquia e junto, as cabeças dos nobres. Allons enfant de la Patrie...
Essa foi uma lição para as castas nobres do mundo todo, que passaram a prestar atenção no que lhes dizem agora seus especialistas em relações públicas. 
Será que a Dona Maria Dilma Antonieta, tem alguém que lhe leve a verdade daquilo que pensa o povo? Ela andou tropeçando feio. Levou uma corte real inteira, até de devotos lustradores de botas, para uma viagem a Davos. Foi um vexame que não deu em nada, com um discurso chinfrim, irrelevante. Afastando-nos assim, cada vez mais, das políticas e do comércio internacional. E na volta da Suíça, mentiu que seu avião precisava reabastecer em Lisboa. 
Mentira, podia vir direto para o Brasil. E estando lá em terras portuguesas ela lotou o hotel mais caro de Lisboa, 40 quartos. Gastando num jantar-bacalhoada 300 mil reais para o seu séquito que, num vexame típico de classe média aproveitadora, encheu sacolas com Vinho do Porto, contentes com aquela boca livre. 
What a shame! Não muito diferente de quando um caminhão é saqueado perto de uma favela, com os pobres levando tudo quanto podem antes da polícia chegar. No percurso de sua jornada real, a Dona Maria Dilma Antonieta parou em Cuba, onde foi inaugurar o Puerto de Mariel (porto livre?) com dinheiro do BNDES. Outra vez sem explicar nada, o onde e o porquê ela coloca o nosso dinheiro. Nosso dinheiro. E aproveitando o encontro com os ditadores Castro para negociar a vinda de mais 4.000 “médicos” cubanos. A frase “...por que não comem brioches?” ainda não foi dita. Mas o significado do desprezo pela opinião pública foi ostensivamente provado. Ela, a Dona Maria Dilma Antonieta não se sente obrigada a explicar nada, é como se ela tivesse uma burra, só dela. Faço algumas perguntas simples: 
-- Por que nossa grana foi destinada ao Puerto Mariel ao invés de investir nos portos brasileiros, tão precários para escoar nossa produção agrícola? 
-- Por que não foram reconstruidas as estradas que dão lá, hoje veias entupidas à beira de um enfarte? 
-- Por que nossos estádios custaram (e ainda vão custar) até o triplo do gasto na Alemanha, por exemplo? 
--Por que fazer a Copa neste país tão desgraçado, sem infra ? 
São tantas as perguntas – e nenhumas as respostas.
 
A Rainha pode tudo com sua caneta generosa, sempre pronta para assinar qualquer providência que dê mais poder e dinheiro de corrupção aos da canalha do PT. 
Bom, tem sempre uma lógica que se repete na história do mundo. É que os ditadores acabam caindo, inexoravelmente. 
Alguns tem a sorte de conservar sua cabeça. Outros, ao serem enterrados, precisam ter sua cabeça costurada ao pescoço. 
Que acontecerá com a Maria Antonieta brasileira? Suspense.
19 de março de 2014
Ênio Mainardi, publicitário e escritor

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