"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 19 de março de 2014

CÂMARA CONVIDARÁ GENERAL PARA FALAR SOBRE MORTE DE RUBENS PAIVA

 

Comissão da Verdade aponta general reformado José Antonio Belham como responsável pela morte Paiva - Marcelo Gomes
Atendendo a um apelo da Comissão Nacional da Verdade, o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), autorizou as Comissões de Constituição e Justiça, Direitos Humanos e Minorias e Relações Exteriores e Defesa Nacional a convidar o general reformado José Antonio Nogueira Belham a prestar esclarecimentos sobre a execução do deputado Rubens Paiva em 1971, período da ditadura militar. Se aceitar o convite, o general prestará depoimento em sessão conjunta destas comissões.

“A atuação da Câmara será um elemento a mais para gerar uma pressão para que o general e as Forças Armadas relatem o que foi feito do corpo do deputado e resolva com isto última incógnita dessa questão, porque o resto a Comissão conseguiu demonstrar”, disse o presidente da Comissão da Verdade, Pedro Dallari, após encontro com Alves.

Mais cedo, Dallari entregou o relatório preliminar da pesquisa sobre o assassinato do deputado e propôs que a Câmara trabalhe em conjunto com a Comissão na tentativa de descobrir o destino dos restos mortais de Paiva. O general reformado era, na época, comandante do Destacamento de Operações de Informações (DOI) do Rio de Janeiro, onde o deputado foi executado.

A Comissão Nacional da Verdade já conseguiu comprovar que Paiva deu entrada no DOI do Rio de Janeiro em 20 de janeiro de 1971, onde foi torturado e morto no local no dia seguinte. Resta saber ainda o que foi feito do corpo do deputado.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG - Alguém acredita que o general vai aceitar o gentil “convite”? E será que a Comissão da Verdade e a Câmara pretendem convocar também o coronel que prendeu José Genoino no Araguaia e que já cansou de dizer que o “guerrilheiro” entregou os companheiros sem sofrer qualquer tortura? (C.N.)

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