O TCM considerou que faltam requisitos básicos para os corredores serem construídos, entre os quais de onde virá o dinheiro para as obras. Falta também, ainda de acordo com o tribunal, o projeto básico de engenharia e urbanismo dos corredores.
O Tribunal de Contas deu um prazo de 15 dias para a prefeitura se explicar.
A construção de corredores é a principal aposta de Haddad para responder aos protestos de junho contra o aumento da tarifa do transporte público.
A licitação suspensa pelo TCM foi lançada em julho e é dividida em dez partes, que somam 128 km de corredores em avenidas como Celso Garcia (zona leste) e 23 de Maio (zona sul). Outras duas licitações de corredores, herdadas da gestão Gilberto Kassab (PSD), estão em andamento.
A meta da gestão Haddad é construir 150 km de corredores para oferecer uma alternativa rápida ao uso do carro.
OUTRO LADO
A prefeitura diz que esse tipo de veto do TCM é "normal e aconteceu também nas licitações de compra de uniforme escolar e para auditoria do sistema de ônibus". Em ambos os casos, diz a prefeitura, o veto foi suspenso.
Segundo a prefeitura, os projetos têm recursos do PAC do Mobilidade e projetos básicos de engenharia e urbanismo existem, que serão apresentados no prazo de 15 dias.
Esses projetos foram contratados ao custo de R$ 88,3 milhões e o prazo final de entrega é junho deste ano.
Desde o início de sua gestão, Haddad implantou 300 km de faixas exclusivas de ônibus –aquelas que ficam à direta da via. No período, porém, nenhuma obra de corredores exclusivos, que ficam à direita da via, foi concluída.
08 de janeiro de 2014
MARIO CESAR CARVALHO - Folha de São Paulo
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