"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

JUROS MAIS ALTOS - COMO FICA PARA OS ENDIVIDADOS E INVESTIDORES?



 Uma recente notícia referente ao juro é assustadora para quem está endividado ou precisará fazer empréstimos ou parcelamentos. Na primeira reunião de 2014, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central divulgou, nesta quarta-feira (15), a elevação da taxa básica de juros (Selic) de 10,00% para 10,50% ao ano.

Para alguns investidores a noticia é boa, principalmente para as aplicações de renda fixa atreladas a ela, como os CDBs pós-fixados, os fundos DI e as Letras Financeiras do Tesouro (LFT), títulos negociados via Tesouro Direto.

Entretanto, não foi alterado o rendimento da poupança pela alta da Selic, já que quando a taxa é maior ou igual a 8,50% ao ano, a poupança paga sempre 0,50% ao mês mais Taxa Referencial (TR), a mesma remuneração atribuída aos depósitos feitos até 4 de maio de 2012, que seguem a regra antiga.

Por outro lado, para quem tem dívidas chegou a hora de acender o sinal de alerta, parar para ver o quanto de juros está pagando. Pode ter certeza que a falta de preocupação com os juros poderá ocasionar sérios problemas com as dívidas e inadimplência no futuro, pois, é isso que ocasiona a bola de neve que acaba com as finanças faz famílias.

É primordial combater esse problema, alerto que é preciso descobrir a causa deste endividamento, a maior parte do endividamento das famílias brasileiras é gerado por desequilíbrio financeiro, ou seja, gastar mais do que se ganha. É preciso reestruturar o orçamento financeiro ou assumir o controle financeiro.

O pagamento de juros deve ser evitado e para isso é preciso criar o hábito e costume de poupar antes de gastar, quando entramos no endividamento mesmo que com taxas de juros menores, gastamos mais dinheiro e certamente com isto deixamos de realizar outros desejos e necessidades. É preciso construir uma nova cultura com relação à administração de nosso dinheiro e para isso temos que aprender a evitar os impulsos e apelos do marketing publicitário e do crédito fácil, mesmo com a queda do juros que é um grande incentivador do consumo. Cuidado para não comprar aquilo que não sonha, com o dinheiro que não tem, para impressionar pessoas que muitas vezes nem conhecemos.

Já para quem não está endividado, mas quer entrar em uma linha de parcelamento, empréstimo ou financiamento é o momento de pensar melhor antes de cair nesse rumo, já que o aumento da taxa de juros deixa esses mais caros, forçando o consumidor a comprar menos e, com isso, evitando uma pressão inflacionária. As compras desenfreadas que as pessoas estão expostas atualmente tendem a reduzir.

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Outro reflexo da elevação da taxa de juros é o aumento do rendimento das demais aplicações de renda fixa, quando essas estão atreladas aos juros, como é o caso dos CDBs pós-fixados, fundos DI e Letras Financeiras do Tesouro, vendidas via Tesouro Direto.

Mas, a pergunta que muitos me fazem é se isso significa que devemos direcionar todos nossos recursos a essa aplicação. Não, na verdade chegou o momento de uma análise aprofundada para quem for aplicar, definindo claramente os objetivos, e direcionando o dinheiro. Em uma primeira análise posso afirmar que para investimentos de curto prazo é interessante colocar seu dinheiro nesta modalidade.
16 de janeiro de 2014
 Reinaldo Domingos, educador financeiro

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