"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

CGU CONTRARIA TÉCNICOS E MAQUIA IRREGULARIDADES GRAVES NAS CONTAS DE ALEXANDRE PADILHA


Alexandre Padilha, ministro da Saúde, com Jorge Hage, da CGU: contas sob suspeita.
Vejam, abaixo, a nota da Unacon Sindical - Sindicato Nacional dos Analistas e Técnicos de Finanças e Controle. 
 
O UNACON Sindical, entidade que representa os Analistas e Técnicos de Finanças e Controle da Controladoria-Geral da União (CGU), vem a público, por meio desta nota, manifestar sua irresignação quanto à Nota de Esclarecimento emitida pela Assessoria de Comunicação Social da CGU, em 15 de janeiro de 2014, sobre auditoria realizada pelo Órgão nas contas anuais do Ministério da Saúde, referentes ao exercício de 2012.
Ocorre que a Nota de Esclarecimento da CGU informa que a certificação das contas em tela como "regulares com ressalvas" foi a proposta original da equipe técnica que efetuou os trabalhos no Ministério da Saúde, quando, na verdade, os auditores manifestaram-se pela irregularidade das contas. Logo, a decisão final não coube à equipe de auditoria, mas às instâncias superiores que detêm essa competência legal.
Vale lembrar que, em 31 de março de 2013, por meio do Ofício nº 009, já sugerimos ao Ministro Jorge Hage o aprimoramento dos sistemas internos do Órgão, no sentido de registrar eventuais "opiniões divergentes dos servidores", de forma a dar mais transparência às ações de controle interno.
Brasília, 16 de janeiro de 2014.
As contas do ministro candidato Alexandre Padilha (PT), no que se refere a contratos e repasses no Ministério da Saúde, foram certificadas como "regulares com ressalvas" pela CGU (Controladoria-Geral da União), embora a equipe técnica havia indicado, em 2012, "irregularidade", ao apontar pagamentos indevidos e falhas no controle interno. Os técnicos reprovaram as contas de Alexandre Padilha. A direção da CGU maquiou o parecer e aprovou as mesmas com ressalvas. 
Concluído em julho do ano passado, o relatório apontou pelo menos três irregularidades graves que podem ter gerado, nas palavras dos auditores, um "dano potencial" de cerca de R$ 5 milhões aos cofres públicos.
O documento também faz uma série de recomendações ao ministério, hoje comandado por Alexandre Padilha, ministro que deve deixar o cargo em breve para disputar o governo de São Paulo.

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