"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

HADDAD, KASSAB E AS NOVELAS DA GLOBO

 

Um perigo essa guerra de arapongas!
Com a progressiva consolidação do “Reich de Mil Anos” do PT já não ha o que lhes resista. As tênues fronteiras e distinções de comportamento que chegaram a se esboçar dentro do território “deles” com os ensaios de meritocracia e responsabilidade fiscal da longínqua “Era FHC” vão perdendo a razão de ser.

Faz cada vez menos sentido ser mais realista que o rei que clama todos os dias, lá do trono, o seu  “Eu sou. Mas quem não é”?, sublinhado pelos sucessivos “Eu não disse“? que a sua polícia distribui de jornal em jornal, cobrindo de lama vivos e mortos.


Como consequência cada vez mais gente “lá dentro” desiste de “não ser”.
Ocorre que num ambiente onde todos generalizadamente “são”, usar a arma da denuncia de corrupção é, cada vez mais, atirar no escuro: nunca se sabe em quem se vai acabar acertando.
Fernando Haddad, o petista bonitinho que gosta de posar de Robin Hood enquanto arranca o couro do povo com seus impostos escorchantes, achou que seria muito esperto, para abafar as manchetes contra o golpe do IPTU com + 35% à meia noite, “dar acesso” aos jornalistas do costume às provas das falcatruas de uns tantos fiscais ladrões escolhidos entre as hostes de fiscais ladrões dos ex-prefeitos que se apresentam como pré-candidatos a disputar com o PT o governo do Estado de São Paulo.

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Dois coelhos com uma só cajadada!
Esqueceu-se sua excelência de que na nova realidade suborno-totalizante instalada no país não há senão aliados do PT.

O mundo dos 32 “partidos políticos” brasileiros onde, fora os  dois ou três com veleidades de disputa-la que reivindicam “neutralidade” enquanto a eleição não passa, todos os demais se declaram “de esquerda” e aliados dos atuais ocupantes do poder, parece-se cada vez mais com o das novelas da Globo que ninguém sabe se imitam a vida ou se são imitadas por ela.

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Como todo mundo “come” todo mundo nesses ambientes gêmeos – velhotes e moçoilas, crias e criaturas de qualquer sexo, tipos normais e tipos “especiais”, homens, mulheres, híbridos ou “trans”, foi só disparar a primeira bala e ela não parou mais de ricochetear.

A hecatombe dos metro-sexuais da nossa política faz lembrar a das ruas aqui fora. Caem amigos e caem inimigos; caem alvos visados e caem alvos “perdidos“; caem os desvalidos e caem os protegidos.
A diferença é que os alvejados aqui fora morrem de fato e os lá de “dentro” são apenas “afastados” até que tudo seja esquecido depois das quatro ou cinco semanas regulamentares.

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O que fica são as ênfases nada sutis com que a televisão “” mentidos e desmentidos nos horários que o povão assiste e nos horários que o povão não assiste o que passa nas telinhas…

A pantomima, de qualquer maneira, diverte e (ainda) faz algum alvoroço. “Acessos” e mais “acessos” misteriosamente “obtidos” por diferentes órgãos de imprensa jogarão sal e pimenta nessas histórias provocando as divertidas reviravoltas que animam as noites da TV.
Mocinhos virarão bandidos e bandidos virarão mocinhos ao sabor da arte da edição como pedem todos os folhetins que se prezam.

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Mas, outra vez como nas novelas da Globo, no final tudo voltará às boas. Com a aproximação das eleições, diante da perspectiva de mais quatro anos no controle das tetas, corneados e corneadores, transgressores e transgredidos, acusados e acusadores perdoar-se-ão mutuamente e cantarão, abraçados, que “Hoje é um novo dia/ de um novo tempo que começou./Nesses novos dias, as alegrias serão de todos, é só querer”.

Todos os sonhos deles, enfim, serão verdade.
Nos mundos encantados do modelo globeleza de família brasileira e da “luta ideológica” que move os aspirantes a Brasília tudo sempre acaba bem.

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(REMÉDIO PARA ESTA DOENÇA VOCÊ ENCONTRA NESTE LINK)
 
18 de novembro de 2013
vespeiro

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