O ministro Alexandre de Moraes assinou nesta quarta-feira duas decisões que têm tudo a ver com artigos que publicamos na “Tribuna da Internet”. Conforme previmos, uma decisão nega o habeas-corpus que a Defensoria Pública da União havia impetrado no Supremo Tribunal Federal para tirar dos presídios de segurança máxima os chefes do narcotráfico (só do Rio são 55) e levá-los de volta às penitenciárias de seus Estados. No caso, aqui no Rio, o Complexo de Gericinó (Bangu).
A outra decisão concedeu liminar no habeas-corpus impetrado pelo curador da Exposição que ocorreu no Museu de Arte de São Paulo (Masp) para garantir que o curador fique em silêncio e seja acompanhado de advogado no depoimento que prestará hoje na CPI da Pedofilia, convocado que foi pelo senador Magno Malta.
UM EXAGERO – Considero exagerado chamar o curador para depor na referida CPI. Contra ele não há acusação, ao que se saiba, da prática ou tolerância da prática de pedofilia. Penso, contudo, que o tal sujeito deveria comparecer e dar explicações. Afinal tem ele hoje um palco com plateia cheia para justificar a arte que ele considera expondo um homem nu deitado no chão. Ele deveria também explicar aos senadores a presença no recinto daquela menina de 4 ou 5 anos que foi filmada e fotografada, conforme mostramos aqui na TI, engatinhando até chegar no corpo do homem nu e tocá-lo.
É uma explicação que ele deveria dar à CPI. Certamente será inquirido a respeito, porque foi por esse motivo que o curador foi chamado. Agora, ficar calado, pega muito mal para ele. Deixa entender que ele tem culpa e tem medo e/ou tem responsabilidade pelo que aconteceu. E quem comparecer diante da autoridade e fica em silêncio deixa péssima impressão. Neste caso, o silêncio é reconhecimento de culpa. Quem cala consente.
05 de outubro de 2017
Jorge Béja
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