"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 3 de julho de 2017

AO ATRIBUI VAZAMENTOS À PROCURADORIA, RAQUEL DODGE DEU GRANDE MANCADA

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Raquel colocou a Procuradoria sob suspeita
Reportagem de Maíra Magro, publicada na última sexta-feira (dia 30) no “Valor“, revela que a subprocuradora-geral da República Raquel Dodge, indicada pelo presidente Michel Temer para suceder a Rodrigo Janot na Procuradoria-Geral da República, pretende criar mecanismos para garantir o sigilo das investigações da Lava Jato, evitando vazamentos que, em sua visão, prejudicam as investigações.
Ela propõe o que chamou de “protocolo da cadeia de custódia dos documentos sigilosos”. Segundo a reportagem, seria “um mecanismo para identificar, em uma investigação, quem pôs a mão em que documento, em determinada hora”.
CUMPRIR A LEI – “O objetivo é auxiliar no desvendamento de quem vazou. A lei determina o sigilo e ele tem que ser respeitado”, disse Raquel Dodge. Ainda segundo a reportagem, outro motivo para manter o sigilo das investigações, de acordo com Dodge, é preservar a dignidade das pessoas envolvidas.
“Muitas vezes a exposição equivocada, antecipada, pode induzir a erro, como no caso de uma testemunha ser vista como agente do crime”, afirmou, citando o exemplo da Operação Caixa de Pandora, que conduziu: “Houve um controle muito restrito do que poderia ou não ser divulgado”.
No início de sua gestão, o procurador-geral Rodrigo Janot também estabeleceu mecanismos internos de controle de acesso a documentos. Isso não evitou ruídos internos – e cobranças externas– provocadas por iniciativas que tomou ainda candidato ao cargo.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Com todo o respeito à sua qualificação profissional, é preciso registrar que a procuradora Raquel Dodge cometeu um equívoco monumental. Suas declarações deixam claro que, a seu ver, os vazamentos acontecem na própria Procuradoria. Com isso, coloca sob suspeita toda a corporação que irá comandar. A dra. Raquel Dodge pode ser eficiente como procuradora, mas demonstra amadorismo como investigadora. Na era do pen drive e do smartphone, é praticamente impossível conter vazamentos em processos nos quais trabalham grande número de pessoas, mesmo quando submetidos a sigilo, com participação também da Polícia Federal. Há, ainda, forte possibilidade de que alguns vazamentos sejam feitos pelos advogados de defesa, interessados em tumultuar os processos de investigação. Atribuir liminarmente os vazamentos à Procuradoria foi um mancada da dra. Raquel Dodge, antes mesmo de assumir o ambicionado cargo(C.N.)


03 de julho de 2017
Frederico Vasconcelos
Folha

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