"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 3 de julho de 2017

TEMER COMEÇA A DEMITIR AFILHADOS QUE RENAN MANTÉM NO GOVERNO

PRESIDENTE TIRA DNIT/AL DE RENAN E DEVOLVE A MAURÍCIO QUINTELLA

MICHEL TEMER FINALMENTE COMBATERÁ JOGO DUPLO DO SENADOR RENAN, RETIRANDO-LHE OS ESPAÇOS NO GOVERNO (FOTO: FÁBIO RODRIGUES POZZEBOM/ABR)


O presidente Michel Temer (PMDB) começou a exonerar os indicados do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) em cargos de seu governo. A reação demonstra que o presidente cansou de aturar o jogo duplo do senador alagoano, que acusou o governo de “fazer de conta que governa”, enquanto mantinha afilhados políticos em cargos estratégicos. 
Na sexta-feira (30), o Diário Oficial da União trouxe a primeira exoneração, de Rossevelt Patriota Cota, da Superintendência Regional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes no Estado de Alagoas (DNIT/AL).

Temer começou o expurgo dos afilhados de Renan justamente no órgão em que Renan media forças com o seu adversário político, Maurício Quintella Lessa (PR-AL), ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil. 
A pedido de Renan, o comando do DNIT de Alagoas havia sido tirado do ministro alagoano, assim que Temer nomeou o deputado federal licenciado para a pasta dos Transportes, em 2006.

ROOSEVELT PATRIOTA FOI 1º AFILHADO DE RENAN A CAIR (REPRODUÇÃO TV GAZETA)

Com a exoneração do afilhado de Renan, o ex-superintendente do DNIT de Alagoas, Fabrício de Oliveira Galvão, retoma o órgão que toca obras importantes como a duplicação da BR-101 no Estado, restabelecendo assim a indicação de Maurício Quintella. 
O ministro é citado como candidato a senador em Alagoas, mas afirma que será candidato à reeleição, em 2018, quando Renan tentará se reeleger.

Sob forte rejeição do eleitorado alagoano, que demonstra não estar disposto a reelegê-lo, Renan seguia na liderança do PMDB no Senado, utilizando a visibilidade do cargo para fazer discurso útil à sua tentativa de levantar-se, perante a impopularidade em seu reduto eleitoral. 
Porém seria destituído do cargo, após seu último discurso agressivo, reprovando reforma trabalhista e desqualificando o governo de Michel Temer, na terça-feira da semana passada, dia 27.

Um dia após fingir que não fez parte nem apoiou o conjunto da obra do governo Temer, Renan se antecipou ao expurgo e entregou a liderança do PMDB no Senado. Mas não entregou os cargos que mantinha em órgãos federais em Alagoas e em Brasília.


FILA ANDANDO


Segundo um integrante do Palácio do Planalto, “com certeza, haverá mais exonerações de indicados de Renan”. Mas é possível que Luiz Otávio Campos, ex-senador paraense investigado na Operação Leviatã, resista no cargo de secretário de Portos da pasta de Quintella, porque sua indicação foi feita conjuntamente por Renan e pelo senador Jader Barbalho (PMDB/PA).

Mas, entre outras indicações de Renan na mira de Temer estão Elizeu José Rêgo, superintendente da Companhia Nacional de Abastecimento em Alagoas (Conab); Edgar Barros dos Santos, gerente executivo do INSS em Alagoas; Mário Aloísio Barreto Melo, superintendente do Iphan em Alagoas; e Cícero Vladimir de Abreu Cavalcanti, diretor-presidente da Eletrobras Alagoas, este último um técnico e funcionário de carreira, que obteve o aval de Renan para permanecer no cargo.

Logo que estiver sem cargos, Renan terá o desafio de provar a si mesmo que se sustenta politicamente sem o fisiologismo sobre o qual ergueu sua carreira política, hoje decadente. Mesmo antecipando a campanha de 2018, Renan não tem condições de se reeleger, no atual cenário em que é réu acusado de crime de peculato e multinvestigado pela Operação Lava jato, no Supremo Tribunal Federal (STF). Sem o cargo de líder do PMDB no Senado


03 de julho de 2017
davi soares
diário do poder

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