A tal da “Primavera Árabe” não foi espontânea. Pelo contrário, Estados Unidos, França e Inglaterra usaram a internet para desestabilizar o Oriente Médio e países africanos. Desde a Argélia, Tunísia, Marrocos, seus governos foram atingidos por denúncias de corrupção e levantes populares. Mas a Líbia era o objetivo vital. Riquíssima em petróleo, gás e minérios, com um aquífero de dois milhões de quilômetros. E os países ocidentais sabiam dos planos do líder líbio Muhamar Kadaffi para implantar o “dinar ouro” em toda a região, em substituição ao dólar. Ao mesmo tempo, o Ocidente queria enfraquecer o Irã. Essa foi a “Primavera Árabe” criada pelos Estados Unidos.
O Egito e a Síria estavam incluídos. Mas esbarraram no Egito pela firme intervenção do Exército, que paradoxalmente é sustentado pelos norte-americanos. Na Síria incitaram os sunistas e outros islâmicos contra Assad, sempre com apoio dos Estados Unidos, França e Inglaterra, além de Arábia Saudita, Quatar e Turquia. Centenas de milhões de dólares financiaram os mercenários, com armas modernas, viaturas e mantimentos.
ASSAD RESISTIU – O problema é que o país é governador por Assad, médico formado na Inglaterra, onde também serviu em Academia Militar e até se casou com uma inglesa. Homem culto e destemido que ameaçou incendiar o Oriente Médio com suas armas químicas caso seu país fosse bombardeado.
A imprensa ocidental inventou mil coisas sobre Assad, que pediu ajuda à Rússia com quem a Síria tinha um tratado antigo. A única coisa que Assad fez foi aceitar a proposta da Rússia para desfazer-se de seu arsenal químico. Depois de destruídas essas armas, então a Rússia entra na guerra em apoio a Assad. A vitória em Allepo é real, mas a paz ainda esta longe. Vamos ver qual a opção de Donald Trump: a paz ou a guerra. Porque tudo depende dos Estados Unidos.
12 de janeiro de 2017
Antonio Santos Aquino
Nenhum comentário:
Postar um comentário