A Polícia Federal (PF) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a prorrogação do prazo do inquérito que investiga a ex-presidenta Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por suposta obstrução das investigações da operação Lava Jato.
No mesmo processo, são investigados os ex-ministros José Eduardo Cardozo e Aloizio Mercadante; o ex-presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Francisco Falcão; o ministro do STJ Marcelo Navarro Ribeiro Dantas; e o ex-senador Delcídio do Amaral.
A investigação foi aberta pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki, em agosto do ano passado, após pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
NOMEAÇÃO NO STJ – O pedido do procurador foi baseado na delação premiada feita pelo então senador Delcídio do Amaral. Em uma das oitivas, o senador acusou a presidenta afastada Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula de terem interesse em nomear, no ano passado, o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Marcelo Navarro Ribeiro Dantas com o objetivo de barrar as investigações da operação Lava Jato e libertar empreiteiros presos.
Segundo Delcídio, a suposta tentativa contou com o apoio de José Eduardo Cardozo, que à época ocupava o cargo de ministro da Justiça, responsável por indicar informalmente à Presidência da República nomes de possíveis candidatos, e do ex-ministro Aloizio Mercadante.
Desde a abertura das investigações, a ex-presidenta Dilma afirma que a abertura do inquérito é importante para elucidar os fatos e esclarecer que em nenhum momento houve obstrução da Justiça. A defesa de Lula sustenta que o ex-presidente jamais interferiu nas investigações da Lava Jato. Mercadante também nega que tenha obstruído as investigações.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – A armação ocorreu assim: Dilma nomeou Navarro Dantas e a defesa imediatamente entrou com recurso para libertar Marcelo Odebrecht, fato que possibilitaria soltar todos os empreiteiros e outros presos da Lava Jato. O regulamento do STJ manda que o primeiro processo que chegar tem de ser relatado pelo ministro recém-empossado. E Navarro Dantas realmente deu o voto ansiado, mas a manobra vazou e todos os demais ministros da turma do STJ votaram contra o parecer dele, mantendo o empreiteiro na cadeia. Foi um vexame. Antes do julgamento, publicamos aqui na TI que havia uma armação, muita gente sabia dessa fraude jurídica. A melhor prova existente é o próprio voto de Navarro Dantas. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – A armação ocorreu assim: Dilma nomeou Navarro Dantas e a defesa imediatamente entrou com recurso para libertar Marcelo Odebrecht, fato que possibilitaria soltar todos os empreiteiros e outros presos da Lava Jato. O regulamento do STJ manda que o primeiro processo que chegar tem de ser relatado pelo ministro recém-empossado. E Navarro Dantas realmente deu o voto ansiado, mas a manobra vazou e todos os demais ministros da turma do STJ votaram contra o parecer dele, mantendo o empreiteiro na cadeia. Foi um vexame. Antes do julgamento, publicamos aqui na TI que havia uma armação, muita gente sabia dessa fraude jurídica. A melhor prova existente é o próprio voto de Navarro Dantas. (C.N.)
12 de janeiro de 2017
Deu na Agência Brasil
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