"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

OLHA QUEM FALA EM GOLPE!

MADURO DIZ QUE DECLARAÇÃO DE ABANDONO DE CARGO FOI 'GOLPE' DO CONGRESSO
INDO À NICARÁGUA SEMI-DITADOR ABANDONA CARGO, DIZ O CONGRESSO

MADURO DISSE QUE A DECLARAÇÃO DA MAIORIA OPOSICIONISTA ERA UM "MANIFESTO GOLPISTA"


O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, qualificou nesta terça-feira como "manifesto golpista" a atuação da Assembleia Nacional, que declarou o abandono do cargo da presidência. 
Deputados governistas, por sua vez, solicitaram à Justiça que anule a resolução legislativa.

"Sou o presidente da República Bolivariana da Venezuela, o chefe de governo e o chefe de Estado por mandato do povo e com o povo seguirei aqui", afirmou Maduro durante uma alocução do aeroporto internacional Simón Bolívar de Maiquetía, pouco antes de partir para a Nicarágua.

Maduro disse que a declaração da maioria oposicionista era um "manifesto golpista" e pediu a seus seguidores que respondessem com firmeza as "provocações da direita, os golpes de Estado que tentam a partir da Assembleia". 
Segundo o presidente, o Legislativo venezuelano está subordinado à embaixada dos EUA em Caracas.

O presidente pediu às autoridades e ao "comando nacional antigolpe", dirigido pelo vice-presidente Tareck El Aissami, que atuem contra os planos desestabilizadores, e disse que "não devem ficar impunes as violações à Constituição e os desacatos à ordem legal e constitucional".

Pouco antes da declaração do governante, a bancada governista da Assembleia Nacional recorreu ao Tribunal Supremo de Justiça para solicitar a nulidade dos atos da segunda-feira do Congresso, nos quais a maioria oposicionista aprovou a declaração de abandono do cargo por Maduro. 
"Não podemos permitir que a irracionalidade, que a loucura siga se impondo como uma forma de fazer política", disse à imprensa o líder da bancada governista, o deputado Héctor Rodríguez. Segundo ele, o tribunal deve julgar "as responsabilidades políticas, administrativas e penais" dos deputados opositores.

Com 106 votos a favor, a Assembleia Nacional declarou abandono de cargo por Maduro, alegando que ele não cumpria as funções constitucionais previstas para o posto. 
O Congresso tem 163 deputados, dos quais 109 são da oposição e os demais, governistas. A oposição argumentou que ocorre uma "grave ruptura da ordem constitucional e democrática, a violação dos direitos humanos, a devastação das bases econômicas e sociais da nação".

A Assembleia Nacional tem o poder constitucional para declarar o abandono do cargo de um presidente, mas analistas e juristas preveem que a declaração não terá nenhuma consequência, por ser uma ação política e que muito provavelmente será anulada em breve pelo Tribunal Supremo, apontado como controlado pelos chavistas. (Associated Press/AE)


11 de janeiro de 2017
diário do poder

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