Julian Assange considerou infundado o relatório dos EUA sobre ataques cibernéticos russos para prejudicar a campanha eleitoral da democrata Hillary Clinton e eleger o republicano Donald Trump. De acordo com o criador do portal WikiLeaks, o documento tem apenas objetivos políticos. “O relatório dos serviços de inteligência dos EUA sobre a suposta interferência da Federação Russa na eleição presidencial está desprovido de provas e serve a um propósito político”, disse Assange.
Segundo ele, não há provas contra os russos, trata-se apenas de especulações. Assange ressaltou que, de acordo com o relatório da CIA/FBI, hackers russos teriam começado a se opor ao Partido Democrata dos EUA por volta de 2015, quando ninguém nos EUA levava a sério a candidatura de Donald Trump.
A agência russa “Interfax”, que entrevistou Assange na embaixada do Equador em Londres, o criador do WikiLeaks disse que o verdadeiro propósito do relatório é o de desacreditar o presidente eleito Donald Trump.
HUMOR NEGATIVO – De acordo com Assange, a vitória de Trump tem sido associada ao humor negativo dos americanos contra as próprias elites dos EUA, acrescentando que foi candidata democrata Hillary Clinton que não soube conquistar a confiança dos políticos e eleitores americanos em sua vitória.
A CIA e o FBI divulgaram o relatório em 6 de janeiro, no qual afirmam que “Moscou favoreceu Trump na corrida ao cargo de presidente dos Estados Unidos”. O secretário de imprensa do Presidente Putin, Dmítri Péskov, respondeu três dias depois, em 9 de janeiro, afirmando que o Kremlin nega qualquer envolvimento de funcionários russos em ataques cibernéticos nos Estados Unidos.
Péskov chamou de infundadas as acusações de ataques de hackers da Federação Russa na eleição presidencial nos EUA.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Traduzida do russo por Giovanni G. Vieira, a interessante matéria foi enviada por Sergio Caldieri, sempre atento ao que se passa no Brasil e no mundo. Cá entre nós, somente débeis mentais podem achar que hackers russos pudessem influenciar a eleição norte-americana. Hillary perdeu pelos seus próprios erros (e seus e-mails…) e também pela aversão que eleitores do mundo inteiro demonstram hoje em relação a políticos profissionais. Este fenômeno, com toda certeza, pode se repetir na próxima eleição presidencial brasileira. Não será surpresa que seja vencida por um “outsider”, como se diz nos EUA. (C.N.)
11 de janeiro de 2017
Deu no “Izvéstia”
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