"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

EM PLENA CRISE, O TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO RIO TRIPUDIA E HUMILHA SEUS SERVIDORES



Resultado de imagem para mordomias charges
Charge do Dum (dumilustrador.blogspot.com
Em meio ao pacote de maldades do pseudo governador Pezão, os servidores do Estado do Rio de Janeiro estão com pagamentos atrasados, enquanto a cúpula do Tribunal de Justiça do RJ faz a festa de alguns magistrados. Os diretores do Sindicato dos Servidores da Justiça do Estado do RJ (Sind-Justiça), Fred Barcellos, Ramon Carrero e Alzimar Andrade, afirmam que os servidores estão com os vencimentos congelados há quase três anos e em greve há quase três meses. E o Tribunal, que diz não ter dinheiro atualizar os salários, inclusive de aposentados e pensionistas, descobre uma “sobra orçamentária” e a gasta integralmente comprando férias e licenças de magistrados (direito que os servidores não têm) e contratando garçons por 14 milhões de reais (533 mil reais por mês), para servir lanches, chazinhos, sucos e água de coco, pagos por nós, contribuintes, à cúpula da magistratura. E tem servidor que ainda tem medo de lutar por seus direitos

CASA GRANDE E SENZALA – Diz a nota oficial emitida pelos diretores do Sind-Justiça: “Em que momento deixamos de nos indignar com isso? Por que aceitamos como normais estes absurdos que mostram que o Judiciário é uma enorme Casa Grande e que nós entramos como senzala, em pleno século XXI. Não adianta você compartilhar textos dizendo que na Suécia os magistrados não têm nem secretários, andam de metrô e ganham salários “apenas” dignos, ao contrário da farra que acontece aqui no Tribunal, se você não move uma palha para mudar isso.”

Não adianta você fingir se ofender quando vê magistrados recebendo cem mil reais neste mês e comprando carro zero quilômetro com o dinheiro de venda das férias, se você não quer mudar isso. Não adianta você reclamar nos corredores que as coisas estão difíceis, se a sua omissão é a principal causa de estarmos nesta situação. Não adianta você curtir textos e aplaudir discursos, se isso não é acompanhado de uma boa dose de indignação e de coragem para fazer a diferença, explicam os coordenadores.

Não adianta você culpar o Sindicato, a crise, o governo, o presidente, a corregedora ou o NUR se é você que permite que te tratem como o nada que você mesmo acaba aceitando que é. Não adianta você inventar as melhores desculpas para si mesmo se, no fundo, nem você acredita no que diz para justificar a sua omissão. Não adianta repetir o mantra de que “ainda estamos recebendo em dia”, porque você sabe que se esperarmos não receber em dia, estaremos iguais aos demais servidores, que hoje recebem com 3 meses de atraso e não têm mais forças para lutar.

“Não adianta nada disso… a única coisa que adianta é você trocar as desculpas pela coragem, juntar-se aos colegas que lutam e mudar a historia da categoria da qual você faz parte. Falta muito pouco para o fim desta luta histórica. Não vamos retornar sem negociar. A Administração já sabe disso. O Tribunal que divulga mediação e discursa sobre “valorização” tem que ser o primeiro a dar o exemplo.Não estamos pedindo favores. Queremos respeito. Mas só pode exigir respeito quem se dá ao respeito. Você está fazendo isso?”, finalizam os dirigentes do Sind-Justiça, um sindicato que não tem presidente, é administrado por um colegiado e não está vinculado a nenhum partido político ou central sindical.

11 de janeiro de 2017
Paulo Peres

Nenhum comentário:

Postar um comentário