O governo federal terminou 2016 sem mudar a baixa transparência dos gastos com os cartões corporativos da União. Os dados disponíveis no Portal da Transparência do governo se referem até o fim de outubro e mostram que despesas protegidas pelo sigilo de informação correspondem a praticamente os mesmos 50% dos gastos de 2015. Até o fim de outubro, dos R$ 46,9 milhões em despesas pagas com os cartões, cerca de 23,6 milhões são secretos. Em 2015, de um total de R$ 56,2 milhões em gastos, R$ 28 milhões têm conteúdo fechado.
A quase totalidade das despesas secretas se divide em órgãos subordinados à Presidência da República e ao Ministério da Justiça. O governo Temer é responsável apenas por cinco meses das despesas. O restante é do governo Dilma.
EM INVESTIGAÇÕES – Em dez meses de 2016, a Polícia Federal já teve R$ 11,5 milhões em gastos secretos, contra R$ 13,5 milhões do ano passado. Já a Abin teve R$ 6,6 milhões contra R$ 8 milhões de 2015. O sigilo tem sido justificado pela natureza da atividade dos órgãos.
Dentro da Presidência são fartas as despesas protegidas. A Secretaria de Administração fez R$ 4,3 milhões em gastos secretos. Já a Vice-Presidência outros R$ 616 mil.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – O uso de cartões corporativos é necessário; o sigilo, não. Quando esteve no poder, Lula da Silva deu à amante Rosemary Noronha um alto cargo na Presidência da República, com direito a uso de cartão corporativo sob sigilo. O Planalto alega que não pode divulgar os gastos de Rose por questões de segurança nacional. O excelente repórter Thiago Herdy, de O Globo, entrou na Justiça com mandado de segurança para saber como a segunda-dama gastava o dinheiro do povo. O Superior Tribunal de Justiça aceitou a liminar em novembro de 2014, mas até agora, nada. Ou seja, para a Justiça brasileira as mordomias de Rose parecem ser mesmo assunto de segurança nacional. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – O uso de cartões corporativos é necessário; o sigilo, não. Quando esteve no poder, Lula da Silva deu à amante Rosemary Noronha um alto cargo na Presidência da República, com direito a uso de cartão corporativo sob sigilo. O Planalto alega que não pode divulgar os gastos de Rose por questões de segurança nacional. O excelente repórter Thiago Herdy, de O Globo, entrou na Justiça com mandado de segurança para saber como a segunda-dama gastava o dinheiro do povo. O Superior Tribunal de Justiça aceitou a liminar em novembro de 2014, mas até agora, nada. Ou seja, para a Justiça brasileira as mordomias de Rose parecem ser mesmo assunto de segurança nacional. (C.N.)
04 de janeiro de 2017
Andreza Matais e Marcelo de Moraes
Estadão
Eu acho que nada justifica esses gastos secretos, se está sendo feito dentro da Lei, então porque esconder do povo. Os gastos com o dinheiro públicos têm de ser às claras e não com essa de secreto.
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ResponderExcluirComo vai, João Guilherme.
ResponderExcluirEssa apenas uma das muitas excrescências da nossa república, sobretudo se considerarmos que não existe dinheiro público, o que há é dinheiro do contribuinte! O que dizer, por exemplo, das mordomias de ex-presidentes, que sangram milhões do Tesouro? E as aposentadorias integrais de senadores após cumprir mandato de oito anos? E as absurdas mordomias dos parlamentares da Câmara e do Senado?
E o tal 'foro privilegiado' que cria cidadãos acima da Lei?
E vai por aí...