Um dos maiores erros de Lula foi se ligar aos grandes empreiteiros e a empresários do tipo grupo X, um campeão nacional às avessas. Além da Odebrecht e outros gigantes da construção civil, as empresas de Eike Batista e outros aventureiros, como Walter Faria, da cervejaria Itaipava, receberam muito dinheiro estatal vindo do BNDES, cujo S de social é sem dúvida alguma a maior piada do século. Essa caixa preta precisa ser aberta ao distinto público. Quando esse milagre ocorrer, todos ficarão estarrecidos. No entanto, a sinergia entre o público e o privado montou uma corrente inquebrantável para impedir que a verdade venha à tona.
No caso das empreiteiras, ocorre na prática o seguinte: O governo coloca suas obras no mercado de leilão. Os empresários se unem em consórcio e vencem as licitações com pequeno ágio fictício. Depois pedem montanhas de dinheiro em aditivos contratuais, para tocarem as obras com recursos públicos fornecidos pelo BNDES a juros subsidiados.
Na hora de quitar as outorgas, choram o leite derramado sob a alegação de desequilíbrio nos contratos. Não pagam e pedem ao governo mais financiamento, redução do valor pactuado e alongamento do prazo de financiamento.
JUROS SUBSIDIADOS – O governo captava (e ainda capta) dinheiro no mercado, com juros de 14%, e repassava para o caixa do BNDES que emprestava para empreiteiras a 6% ao ano (recentemente, aumentaram para 7,5% ao ano, mas continua abaixo da inflação). A diferença quem paga somos nós, o distinto público contribuinte.
Isso tudo com o beneplácito de deputados e senadores ligados às empreiteiras, que recebem gordos recursos de campanha, que chamam ironicamente de caixa dois.
Que vergonha este país de homens públicos melífluos e mentirosos. Assim, a nação tende a andar eternamente na contramão da sua natureza de país do futuro.
04 de janeiro de 3027
Roberto Nascimento
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