"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

VENEZUELA VIVE DIAS DE FÚRIA

A ditadura socialista de Nicolás Maduro continua promovendo destruição, morte e caos na Venezuela. Após a desastrosa e inconclusa operação de troca de moeda, a situação do país adquiriu contornos desesperadores: as pessoas que depositaram as notas de cem bolívares nos bancos, seguindo orientação do governo, não receberam as novas moedas. E as que não conseguiram fazer tal depósito, têm em mãos um papel moeda que já não possui mais valor. A situação dos venezuelanos é agravada, portanto, pela falta de dinheiro para comprar commodities, como alimentos, medicamentos escassos ou até mesmo peças para automóveis.

Mais de oitenta por cento dos bens de consumo da Venezuela são importados, o que fez aumentar e muito a escassez de gêneros de primeira necessidade. Além disso, o regime socialista promoveu a completa pauperização das finanças públicas, de modo que não há dinheiro para o pagamento de funcionários da administração pública. Os cerca de três milhões de aposentados do país também foram afetados, pois não há dinheiro para o pagamento de suas aposentadorias. Soma-se a isso um cenário de uma inflação galopante de 720% ao ano.

A explosão social no estado de Bolivar e outros doze estados tem sido devastadora. Os saques começaram na sexta-feira da semana passada ao meio-dia, e continuam até agora. Lojas, não só de alimentos, mas de roupas, farmácias, lojas de ferragens e agências de carros e alguns bancos, foram atacados por grupos violentos. Em decorrência dessa explosão social vários estados foram militarizados, e o ditador Nicolás Maduro ordenou o fechamento das fronteiras e aquartelamento do exército.

Já há muito tempo os venezuelanos vinham fazendo filas constantemente para tentar obter alimentos e medicamentos em meio à escassez generalizada. Mas esta é a primeira vez em que a população do país passa pela experiência trágica de estar numa situação em que há a absoluta falta de dinheiro. Até a segunda-feira dessa semana, a onda de saques e de violência havia resultado na prisão de mais de trezentas pessoas, além de vários feridos e mortos. A tragédia do socialismo tem feito a Venezuela viver o período mais sombrio de toda sua história.

Com informações fornecidas por Emma Sarpentier, ativista e correspondente do Crítica Nacional em Caracas.


22 de dezembro de 2016
Com Emma Sarpentier
crítica nacional

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