"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

MAIS DE UM A CADA TRÊS BRASILEIROS QUEREM INTERVENÇÃO MILITAR NO PAÍS

Um dado inquietante.


Este índice é a um só tempo assustador e sintomático. Ele assusta, pois 35% da população (mais de um terço!) já defende a intervenção das Forças Armadas sobre a democracia, sobre a República, sobre os poderes constituídos. E é sintomático porque decorre do total descalabro institucional em que se transformou nosso país.

Recentemente, um general da ativa assinou artigo falando sobre o risco de algo assim acontecer. Também recentemente, o Senado Federal achou por bem NÃO OBEDECER decisão do Supremo. Forma-se, assim, um caldo perigoso.

Segundo a pesquisa atual, realizada pelo instituto Paraná Pesquisas, a hipótese seria de intervenção provisória; aquilo de “arrumar a casa” e depois convocar eleições gerais. É preciso lembrar que da última vez também seria algo provisório, mas o Presidente Castello Branco não convocou eleições e acabou demorando um pouquinho mais (20 anos).

Ainda dá tempo de firmar-se um pacto em nome das instituições, em nome da República, em nome da democracia.

Porém, se a classe política continuar dessa forma, é claro que esses 35% cedo ou tarde se transformarão em mais de 50%. Daí, complica de vez.

22 de dezembro de 2016
implicante

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