"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

NÃO BASTA PUNIR AS EMPREITEIRAS, HÁ MANEIRAS DE EVITAR NOVOS ATOS DE CORRUPÇÃO


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Charge do Ivan Cabral (ivancabral.com)
Simplesmente não entra na minha cabeça a idéia que uma organização criminosa como a Odebrecht continuará a existir impunemente, apenas pagando umas “multinhas” e apresentando pedidos rasgados de desculpas. Essa organização criminosa deveria no mínimo perder as condições de continuar existindo sob o controle acionário de uma família nefasta que há décadas só vem dilapidando os suados recursos públicos de contribuintes (pagadores de impostos), que vivem sendo extorquidos pelo poder público.
São bandidos que deveriam estar atrás das grades e não no comando da maior empresa, digo, organização criminosa do país. Pode até ser verdade que exista sim um interesse imperialista americano de que essa empresa gigantesca deixe de ser brasileira e passe ao controle de estrangeiros. Mas isso também não significa que nós, os “otários” pagadores de impostos (não contribuintes, como sempre grita o marketing governamental) tenhamos que continuar sustentando esses criminosos para defender os “interesses patrióticos”. Aliás, esse é o mesmo argumento usado pelos irmãos Castro em Cuba para manter uma ditadura feroz há mais de cinco décadas.
DESCULPE, FOI ENGANO – Aliás, em toda essa “palhaçada” de pedidos de desculpas, não vemos sequer uma proposta de mudanças nos sistemas de licitação em obras públicas. A principal delas seria a criação uma seguradora de obras públicas, nos moldes do que defende o professor Modesto Carvalhosa, seguradora essa que se responsabilizaria por uma garantia de que uma obra pública seria entregue sempre nos prazos e condições de qualidade acordados e orçamentados, sem os atuais aditivos abusivos que elevam os custos de maneiras absurdas.
Esse sistema já funciona nos EUA desde o século XIX, país onde a Odebrecht também presta serviços e com certeza não comete os abusos que faz aqui e em outros países atrasados ou ditatoriais onde a propina come solta.
Vou mais longe e afirmo que na verdade essa e outras empresas criminosas é que controlam e extorquem os políticos e não o contrário. Se houver políticos (presidente, governadores, prefeitos, senadores e deputados) dispostos a não aceitar os desmandos desses empreiteiros criminosos, simplesmente ficam com suas campanhas e suas sobrevivências políticas praticamente inviabilizadas. Simplesmente, somem do cenário político ou passarão a se manter totalmente apagados.
LEMBRANDO ITAMAR – Temos um exemplo disso com o senador Pedro Simon ou mesmo com Itamar Franco, que chegou de uma maneira acidental à Presidência da República, mas nunca mais voltou a ter um protagonismo forte porque jamais aceitou fazer conchavos e negociatas com essa gente. Inclusive foi tachado de “louco”! quando governou Minas Gerais entre 1999 e 2002, vencendo o “impoluto” Azeredo que só não foi preso por causa de chicanas jurídicas.
Concluindo, sempre elas – a Odebrecht e outras empreiteiras e grandes concessionários de serviços públicos – estarão corrompendo a política e os governos. Até quando?
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Importante artigo de Willy Sandoval. Reparem que até agora o governo não tomou a menor iniciativa para securatizar as obras públicas. Por que será? Vamos perguntar ao ainda ministro Eliseu Padilha, talvez ele saiba informar. (C.N.)

28 de dezembro de 2016
Willy Sandoval

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