"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

CUBA ENTRA EM RECESSÃO APÓS DUAS DÉCADAS DE CRESCIMENTO ECONÔMICO

PRESIDENTE RAÚL CASTRO ANUNCIOU QUEDA DE 0,9% NO PIB DO PAÍS
RAUL CASTRO AFIRMOU QUE CRISE NA VENEZUELA E O EMBARGO AMERICANO ESTÃO ENTRE OS MOTIVADORES DO FRACO DESEMPENHO DA ECONOMIA (FOTO: LADYRENE PÉREZ/CUBADEBATE)

Abalada pela crise da Venezuela, Cuba entrou em recessão pela primeira vez em mais de duas décadas, ao registrar uma queda de 0,9% do PIB em 2016, após um crescimento de 4,4% no ano passado. 
"As limitações no fornecimento de combustíveis e as tensões financeiras se agravaram no segundo semestre, levando à queda do Produto Interno Bruto de 0,9%", afirmou o presidente Raúl Castro.

Esta é a primeira vez desde 1995 que o governo socialista prevê um resultado negativo do PIB, de acordo com a série estatística. No início dos anos 1990, a ilha comunista enfrentou sua pior crise com a dissolução da União Soviética, com contrações da economia que chegaram a 15% em apenas um ano.

Para 2017, "persistirão tensões financeiras e desafios que podem inclusive recrudescer em determinadas circunstâncias", afirmou Raúl Castro. Mesmo assim, ele prevê que a economia retomará "o caminho ascendente" e o PIB crescerá moderadamente "ao redor de 2%".

A situação na Venezuela explica em grande parte a contração da economia cubana. O principal aliado da ilha passa por uma profunda crise política, com a pressão da oposição para afastar o presidente Nicolás Maduro do poder e uma economia no vermelho.

A Venezuela reduziu este ano em 40% o fornecimento de petróleo a Cuba, o que por sua vez incidiu na queda da arrecadação procedente da troca de combustível por serviços médicos. O governo cubano também culpou o embargo americano, em vigor desde 1962 - que o presidente Barack Obama tentou aliviar com a eliminação de várias restrições, que Havana considera importantes, mas insuficientes. (AE)



28 de dezembro de 2016
diário do poder

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