"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

IBOPE REVELA DESABAMENTO DO PT TANTO NO RIO QUANTO EM SÃO PAULO


Resultado de imagem para DECADENCIA DO PT CHARGES
Charge do Millôr, reproduzida do Arquivo Google

















A primeira pesquisa do Ibope. Feita por encomenda da Rede Globo para prefeitos do Rio e da cidade São Paulo – objeto de reportagem de Ruben Berta e Juliana Castro, O Globo, edição de quarta-feira – destaca as lideranças de Marcelo Crivellae Celso Russomano, respectivamente, mas sobretudo o desabamento do PT nas duas maiores cidades do país. No Rio, Jandira Feghali (PCdoB–PT) aparece com 6 pontos. Na capital paulista, o prefeito Fernando Haddad, que tenta a reeleição, registra somente 9 por cento das intenções de voto. Muito pouco.
CRIVELLA E RUSSOMANNO – A comparação é inevitável. No Rio de Janeiro, Marcelo Crivella emerge com 27 por cento, o que, a meu ver, assegura sua presença no segundo turno. Em São Paulo, Russomanno alcança 33 por cento das intenções de voto. Ambos, portanto, muito distantes dos candidatos do Partido dos Trabalhadores. O PT, como os números provam , deixou de ser uma legenda que acrescenta prestígio. Passou a representar o efeito contrário. Os eleitores e eleitoras iniciam um processo de forte rejeição à legenda.
Principalmente no caso paulista, uma vez que Fernando Haddad tem a seu favor diretamente o peso da máquina administrativa.
No Rio, o prefeito Eduardo Paes, como o Ibope acentua, não está conseguindo influir na decolagem de seu candidato, Pedro Paulo. Aparece em segundo Marcelo Freixo, candidato do PSOL, um ponto à frente de Flávio Bolsonaro, que parece encontrar-se no seu teto. Freixo possui mais espaços a percorrer.
Se eu tivesse que apontar um desfecho, hoje, colocaria Crivella e Freixo num provável segundo turno. O senador vem de várias disputas majoritárias, o que torna seu nome mais conhecido. Se não apenas isso o favorecer na largada, tem que se levar em conta, com bom peso, o apoio que direta ou indiretamente recebe da Record, segunda rede de televisão do país, e da Igreja Universal.
INDEFINIÇÃO – Mas da mesma forma que futebol se ganha no campo, eleição se vence ao longo da campanha. Depende assim dos temas adotados pelos candidatos e candidatas e da forma com que vão abordá-los nos 35 dias que precedem ao comparecimento ás urnas.
Ninguém vence de véspera, mas a pesquisa que o Ibope realizou para a Rede Globo e o jornal O Estado de S. Paulo mostra Russomanno com 33% e Marta Suplicy com 17 pontos. O tucano João Dória aparece empatado com Luiz Erundina, do PSOL, com 9 pontos cada.
TUCANOS DIVIDIDOS – Dória tem apoio do governador paulista e sua vitória será imprescindível para possibilitar a candidatura de Geraldo Alckmin à Presidência em 2018. Por isso, Os outros dois pré-candidatos, Aécio Neves e José Serra, não fazem a menor força para eleger Dória.
Serra, Aécio e Alckmin são correligionários até certo ponto. Prudentemente, o presidente Michel Temer não deve participar das campanhas dos candidatos do PMDB. Uma derrota provável no Rio. Com Pedro Paulo, e uma possível perda com Marta Suplicy, em São Paulo.

25 de agosto de 2016
Pedro do Coutto

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