"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 19 de julho de 2016

DELIRANTE, DILMA AGORA DENUNCIA QUE TEMER QUER INTRODUZIR O PARLAMENTARISMO

“Golpe na Turquia é diferente do golpe no Brasil”, disse Dilma

















A presidente afastada Dilma Rousseff voltou a defender seu mandato e a classificar de golpe o seu afastamento da Presidência da República. “Eu acredito que estamos vivendo um golpe de Estado diferente do que aconteceu na Turquia, que vive na região um problema de guerra. A Turquia sofreu um golpe tipicamente militar. É preciso que a gente raciocine sobre as diferenças entre nós e o golpe lá porque um dos maiores argumentos dos golpistas é que nós não vivemos um golpe porque não há armas e não existem tanques nas ruas”, disse Dilma, em  palestra na Universidade Federal de São Bernardo do Campo.
Na Turquia, de acordo com ela, há a tentativa de tirar o governo e, necessariamente, acabar com o regime democrático. “Nós vivemos um outro momento. Aqui no Brasil nós temos uma outra circunstância. Nós temos o golpe parlamentar, que alguns chamam de golpe frio, e outros de golpe institucional. Mas se no golpe militar você tem o machado derrubando a árvore da democracia, no golpe parlamentar você tem as parasitas atacando a árvore. Isso é muito grave”, comparou a presidente afastada.
PAUTA GOLPISTA – Para Dilma, no Brasil o “golpe” visa a assegurar “uma pauta que não foi e não será aprovada sem que passe pelo crivo do voto popular”, disse. Ela ainda acrescentou que, diante da crise, o governo tem um conflito distributivo, de definir para onde vai o dinheiro. Segundo Dilma, é uma “temeridade” achar que o dinheiro garantido para a população ou que políticas sociais são intocáveis.
Segundo Dilma, a disputa sobre o dinheiro público se dá em relação à ação do Estado como um processo de garantia de direitos individuais e coletivos como interferência na ordem econômica. Ainda de acordo com ela, por trás do “golpe” no Brasil há uma ambição muito forte pelo parlamentarismo.
ESTÁ FICANDO CHATO – Dilma voltou a se defender das acusações de ter cometido crime de responsabilidade. “Isso já está ficando chato porque não só o Senado, como a comissão de perícia que a Comissão do Impeachment nomeou, diz que não há crime de responsabilidade. E na semana passada o Ministério Público Federal disse que não se caracteriza irregularidade em pedaladas. Se for, todos os presidentes anteriores a mim serão responsabilizados”, disse.
Dilma voltou a dizer que no Orçamento Público do governo interino de Michel Temer não há previsão de crescimento nos gastos com Saúde e Educação. Ela criticou o que o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, enumerou de planos A, B e C para a solução do problema fiscal. De acordo com ela, os planos do governo visam a cortar gastos, privatizar, mas não deixa claro de onde virá o aumento de arrecadação porque não fala que terá de aumentar impostos.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Se fosse verdade, seria ótimo, mas infelizmente não há a menor movimentação em prol do parlamentarismo. Até seria interessante a mudança do regime, porque evitaria crises artificialmente prolongadas, como o afastamento de Dilma Rousseff. Se o regime fosse parlamentarista, ela teria sido defenestrada desde o início do segundo mandato e já estaria abrindo outra loja de R$ 1,99. (C.N.)


19 de julho de 2016
Deu no Correio Braziliense

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