Um importante executivo da empreiteira Andrade Gutierrez que fez delação premiada para a força-tarefa da Operação Lava Jato entregou fartos detalhes – inclusive comprovantes – sobre a campanha de 2014 de Dilma Rousseff. Essa delação detalha as doações legais e as ilegais, separando umas das outras e dizendo como se davam essas duas modalidades de financiamento. Tudo está documentado e explicado.
A delação da Andrade Gutierrez para a Lava Jato, uma vez processada pela Justiça, pode inviabilizar o discurso recorrente da presidente Dilma Rousseff sobre sua campanha não ter recebido financiamento ilegal em 2014.
Já havia informações disponíveis a respeito de parte da delação da Andrade Gutierrez para a campanha de Dilma em 2010. Ocorre que como o 1º mandato da petista se encerrou em 31.dez.2014, a eventual ilegalidade não teria serventia para os atuais processos que pedem a cassação da presidente no Tribunal Superior Eleitoral.
JUSTIÇA ELEITORAL
Como tem sido a praxe, todas as informações que surgem na Lava Jato sobre doações de campanha são em algum momento compartilhadas com o TSE. A Justiça Eleitoral analisa vários pedidos de cassação da chapa presidencial vencedora de 2014, formada por Dilma Rousseff e Michel Temer.
No processo do TSE, todas as informações, cedo ou tarde, acabam se tornando públicas. Quando isso ocorrer, haverá contaminação do ambiente no Congresso – onde o impeachment começa a tramitar antes do final de março.
O empresário Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, lista 45 deputados federais e senadores na sua delação. As informações disponíveis até o momento são as de que há políticos envolvidos de todas as siglas do establishment, governistas e oposição.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Esta importante matéria foi enviada pelo comentarista Moacir Pimentel, sempre ligado nas notícias. Em tradução simultânea, podemos dizer que os documentos entregues pela Andrade Gutierrez garantem a materialidade do crime eleitoral, isso significa cassação na certa, não tem advogado que dê jeito. Dilma e Temer podem ir arrumando as malas e dando bye-bye a Brasília. (C.N.)
10 de março de 2016
Fernando Rodrigues
UOL
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