"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 10 de março de 2016

DELAÇÃO DE DELCÍDIO ABRE CAMINHO PARA INVESTIGAR DILMA



Dilma pensou que era imune a investigações, mas estava enganada










A delação premiada do senador Delcídio Amaral (PT-MS) poderá resultar em abertura de investigação do Ministério Público Federal sobre atos da presidente Dilma Rousseff praticados no exercício do atual mandato. Após a homologação da delação de Delcídio no Supremo Tribunal Federal (STF), a Procuradoria-Geral da República decidirá se a presidente será investigada por conta das acusações feitas pelo ex-líder do governo no Senado.
A principal acusação, veiculada pela revista “IstoÉ”, é de que Dilma indicou um ministro ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) para interferir nos rumos da Operação Lava-Jato. A interpretação é de que a situação é distinta das primeiras citações à petista na Lava-Jato, o que poderia levar a um pedido de inquérito no STF para investigar a presidente.
Em 2015, Dilma escapou de entrar na relação dos primeiros pedidos de abertura de inquérito para investigar autoridades com foro privilegiado porque os fatos eram anteriores ao atual mandato. Desta vez, segundo fontes ouvidas pelo GLOBO, a situação é diferente. Dilma nomeou Marcelo Navarro Ribeiro Dantas ministro do STJ em agosto de 2015, o primeiro ano de seu segundo mandato. Segundo esboço da delação de Delcídio, a nomeação teve o objetivo de liberar da prisão os donos da Odebrecht e da Andrade Gutierrez. Tanto Dilma quanto Dantas negaram qualquer atuação nesse sentido.
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NOTA DA REDAÇÃO DO GLOBO
 – Como dizia Ibrahim Sued, em sociedade tudo se sabe. Quando o Supremo foi julgar a prisão de Marcelo Odebrecht, todos sabiam que o relator Marcelo Dantas iria apresentar um candente parecer a favor da soltura. Publicamos aqui na Tribuna da Internet, não foi nenhuma premonição. Sabia-se que ele agiria assim. A delação de Delcídio apenas confirmou que se tratava de um jogo de cartas marcadas, com participação da presidente Dilma. (C.N.)

10 de março de 2016
Deu no Globo

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