PETISTA CONTESTOU INVESTIGAÇÕES SIMULTÂNEAS DO MPF E DO MP-SP
O coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba, procurador da República Deltan Dallagnol, defendeu que uma investigação em curso sobre propriedades atribuídas ao ex-presidente Lula seja mantida dentro da Lava Jato, a cargo do Ministério Público Federal no Paraná.
O manifesto foi enviado à ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), em resposta a um pedido feito na última sexta-feira, 26, por Lula para suspender a investigação sobre reformas num tríplex no Guarujá (SP) e num sítio em Atibaia (SP), que teriam sido feitas em favor da família do petista por construtoras investigadas no petrolão.
A defesa de Lula aponta "conflito de atribuições", alegando haver duas investigações relacionadas aos mesmos fatos, uma conduzida pelo Ministério Público Federal e outra pelo Ministério Público do Estado de São Paulo. Os advogados defendem que o caso ficasse com o MP-SP.
Dallagnol ressaltou a atuação do MPF no caso, destacando que possíveis vantagens supostamente recebidas por Lula de empreiteiras teriam sido repassadas durante o mandato presidencial do petista.
O procurador também explicou que a investigação sobre Lula a cargo da Lava Jato é diferente da que é conduzida pelo Ministério Público de São Paulo. Segundo ele, a primeira “possui a específica finalidade de apurar as supostas vantagens indevidas recebidas pelo suscitante [Lula] de construtoras investigadas na Operação Lava Jato, materializadas, dentre outros, em imóveis em Atibaia/SP e em Guarujá/SP”.
Já a investigação do MP-SP relaciona-se às “transferências de empreendimentos da Cooperativa Habitacional dos Bancários para a OAS, em detrimento dos cooperados da Bancoop”, diz.
Deltan Dallagnol ainda argumentou sobre o envolvimento do pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente; bem como de executivos da Odebrecht e da OAS, “todos investigados e muitos dos quais já denunciados no esquema de corrupção que assolou a Petrobras”.
29 de fevereiro de 2016
diário do poder
DELTAN DALLAGNOL DISSE QUE VANTAGENS TERIAM SIDO RECEBIDAS DURANTE MANDATO (FOTO: RICARDO STUCKERT) |
O coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba, procurador da República Deltan Dallagnol, defendeu que uma investigação em curso sobre propriedades atribuídas ao ex-presidente Lula seja mantida dentro da Lava Jato, a cargo do Ministério Público Federal no Paraná.
O manifesto foi enviado à ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), em resposta a um pedido feito na última sexta-feira, 26, por Lula para suspender a investigação sobre reformas num tríplex no Guarujá (SP) e num sítio em Atibaia (SP), que teriam sido feitas em favor da família do petista por construtoras investigadas no petrolão.
A defesa de Lula aponta "conflito de atribuições", alegando haver duas investigações relacionadas aos mesmos fatos, uma conduzida pelo Ministério Público Federal e outra pelo Ministério Público do Estado de São Paulo. Os advogados defendem que o caso ficasse com o MP-SP.
Dallagnol ressaltou a atuação do MPF no caso, destacando que possíveis vantagens supostamente recebidas por Lula de empreiteiras teriam sido repassadas durante o mandato presidencial do petista.
O procurador também explicou que a investigação sobre Lula a cargo da Lava Jato é diferente da que é conduzida pelo Ministério Público de São Paulo. Segundo ele, a primeira “possui a específica finalidade de apurar as supostas vantagens indevidas recebidas pelo suscitante [Lula] de construtoras investigadas na Operação Lava Jato, materializadas, dentre outros, em imóveis em Atibaia/SP e em Guarujá/SP”.
Já a investigação do MP-SP relaciona-se às “transferências de empreendimentos da Cooperativa Habitacional dos Bancários para a OAS, em detrimento dos cooperados da Bancoop”, diz.
Deltan Dallagnol ainda argumentou sobre o envolvimento do pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente; bem como de executivos da Odebrecht e da OAS, “todos investigados e muitos dos quais já denunciados no esquema de corrupção que assolou a Petrobras”.
29 de fevereiro de 2016
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