DEPUTADO DIZ QUE NÃO PRECISA DE POPULARIDADE, POR ISSO NÃO RENUNCIARÁ
CUNHA RI DA PESQUISA MOSTRANDO QUE 76% QUEREM SUA RENÚNCIA
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou nesta segunda-feira, 29, que não “precisa de popularidade” para continuar no comando da Casa. O Instituto Datafolha divulgou nesta segunda que 76% dos eleitores defendem que o peemedebista renuncie ao cargo. O levantamento também mostrou que 78% são favoráveis a uma eventual cassação de seu mandato.
“Eu não fui eleito pela população brasileira. Se for por esse sentido, vamos procurar, então, a saída da presidente. Eu não preciso de popularidade. Ao contrário da presidente da República, que é eleita por maioria absoluta, eu fui eleito por um segmento do meu estado. Tenho que buscar exercer o meu papel, não buscar popularidade”, disse Cunha.
Ele também afirmou que pretende concluir os próximos dois anos de seu mandato como deputado federal. “Eu tenho mandato de dois anos e vou cumprir até o fim. Não tem recall de presidente da Câmara nem de presidente da República. Aliás, é uma proposta interessante de debater, recall para todos”, ironizou.
O peemedebista é alvo de inquéritos da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF) que apuram se as contas secretas de Cunha no exterior eram ilegais e se ele recebeu propina em contrato de navios-sonda fechado pela Petrobras. O Conselho de Ética da Câmara também o investiga por quebra de decoro parlamentar por mentir aos colegas, na CPI da Petrobras, quando disse que não possuía contas na Suíça.
O STF deve decidir na quarta-feira, 2, se aceita denúncia contra o parlamentar oferecida pela Procuradoria Geral da República. A defesa do presidente da Câmara protocolou nesta segunda pedido à corte para adiar o julgamento. Ao ser questionado, Cunha negou que a intenção de adiar a decisão do Supremo seja uma manobra para arrastar o caso.
“Ninguém pode dizer que está querendo protelar absolutamente nada, até porque não existe processo tão célere quanto o que trata das coisas que é comigo”, criticou o presidente da Câmara.
Eduardo Cunha também voltou a dizer que não se afastará do comando da Câmara se virar réu no Supremo. “Eu já fui réu como líder do PMDB, réu aceito por cinco ministros do Supremo e depois absolvido por unanimidade. Se tornar réu não significa que ninguém é condenado. Significa a continuidade da ação. Meu próprio exemplo pessoal mostra que, se por acaso eu me tornar réu, isso não significa a condenação de quem quer que seja. Aqui na Casa tem vários parlamentares réus”, ressaltou.
29 de fevereiro de 2016
diário do poder
CUNHA RI DA PESQUISA MOSTRANDO QUE 76% QUEREM SUA RENÚNCIA
PARA CUNHA, SE FOR CONSIDERAR POPULARIDADE, DILMA DEVERIA DEIXAR CARGO (FOTO: FÁBIO RODRIGUES POZZEBOM/ABR) |
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou nesta segunda-feira, 29, que não “precisa de popularidade” para continuar no comando da Casa. O Instituto Datafolha divulgou nesta segunda que 76% dos eleitores defendem que o peemedebista renuncie ao cargo. O levantamento também mostrou que 78% são favoráveis a uma eventual cassação de seu mandato.
“Eu não fui eleito pela população brasileira. Se for por esse sentido, vamos procurar, então, a saída da presidente. Eu não preciso de popularidade. Ao contrário da presidente da República, que é eleita por maioria absoluta, eu fui eleito por um segmento do meu estado. Tenho que buscar exercer o meu papel, não buscar popularidade”, disse Cunha.
Ele também afirmou que pretende concluir os próximos dois anos de seu mandato como deputado federal. “Eu tenho mandato de dois anos e vou cumprir até o fim. Não tem recall de presidente da Câmara nem de presidente da República. Aliás, é uma proposta interessante de debater, recall para todos”, ironizou.
O peemedebista é alvo de inquéritos da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF) que apuram se as contas secretas de Cunha no exterior eram ilegais e se ele recebeu propina em contrato de navios-sonda fechado pela Petrobras. O Conselho de Ética da Câmara também o investiga por quebra de decoro parlamentar por mentir aos colegas, na CPI da Petrobras, quando disse que não possuía contas na Suíça.
O STF deve decidir na quarta-feira, 2, se aceita denúncia contra o parlamentar oferecida pela Procuradoria Geral da República. A defesa do presidente da Câmara protocolou nesta segunda pedido à corte para adiar o julgamento. Ao ser questionado, Cunha negou que a intenção de adiar a decisão do Supremo seja uma manobra para arrastar o caso.
“Ninguém pode dizer que está querendo protelar absolutamente nada, até porque não existe processo tão célere quanto o que trata das coisas que é comigo”, criticou o presidente da Câmara.
Eduardo Cunha também voltou a dizer que não se afastará do comando da Câmara se virar réu no Supremo. “Eu já fui réu como líder do PMDB, réu aceito por cinco ministros do Supremo e depois absolvido por unanimidade. Se tornar réu não significa que ninguém é condenado. Significa a continuidade da ação. Meu próprio exemplo pessoal mostra que, se por acaso eu me tornar réu, isso não significa a condenação de quem quer que seja. Aqui na Casa tem vários parlamentares réus”, ressaltou.
29 de fevereiro de 2016
diário do poder
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