"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

NOTAS POLÍTICAS DO JORNALISTA JORGE SERRÃO

O pau não vai cantar (já está cantando) no Brasil



Toda vez que a situação fica crítica e ameaçadora para o desgoverno do crime organizado, uma manobra tática se repete: o chamado quinto elemento, com intuito pré-revolucionário, aciona o mecanismo da radicalização violenta com o intuito de ganhar repercussão midiática. Seja na forma de arrastões em shoppings de luxo, explosões de caixas eletrônicos, invasões patrimoniais urbanas e rurais, assaltos ao comércio e indústria, sequestros relâmpagos em áreas nobres e aparentemente seguras, assassinatos brutais que causem comoção imediata ou estouros de vandalismo em manifestações públicas (com causas aparentemente justas). São Paulo voltou a ver ontem como esta banca toca...

O fenômeno do emprego tático da violência revolucionária, descambando para o terrorismo, é mais que manjado ao longo da História. No Brasil, existem agentes conscientemente treinados para cumprir o objetivo principal de gerar tensão social e, sobretudo, medo - que contamina a maioria das pessoas, abrindo caminho para a "coragem" criminosa/revolucionária. O ambiente fica favorável à explosão social violenta no Brasil onde já são assassinadas quase 60 mil pessoas por ano em uma "guerra civil" não-declarada. Tudo tende a se agravar quando a única saída para uma profunda crise estrutural é a mudança do esgotado modelo estatal. A insegurança também cresce com a crise econômica: falência de empresas, desemprego e alta do custo de vida ajudam a encher o barril de pólvora.

A profunda crise política também ajuda a tornar o ambiente ainda mais explosivo. As pessoas comuns não só perdem a paciência com a classe dirigente como também não confiam mais nela para resolver os problemas mais elementares. Os políticos corruptos não ligam o "desconfiômetro". No entanto, a ação criminosa ou inação deles por incompetência contribui para a completa descrença em soluções politicamente negociadas. Neste clima, quando as instituições (praticamente rompidas) não conseguem indicar e adotar soluções práticas ou alternativas, fica escancarado o caminho para "aventureiros revolucionários profissionais", alguns travestidos de "salvadores da pátria".

Enquanto profissionais da guerrilha revolucionária (com fins ideológicos, com verniz esquerdista) agem abertamente, os cidadãos comuns, interligados nas redes sociais, aumentam sua mobilização para combater e tentar neutralizar a ação criminosa do Estado Capimunista Rentista Corrupto - que serve mal à sociedade, porém se serve "muito bem" dela. O objetivo tático imediato da organização criminosa é impedir que o movimento de bem consiga prosperar. A tendência, infelizmente, é que este conflito, cada vez mais aberto e claro, descambe em confronto violento direto.

Vale repetir por 13 x 13. Crises econômicas, quando se agravam e saem de controle, costumam derrubar governos ou abrir um atalho, mais rápido ou imediato, para uma profunda (ou radical) mudança na ordem institucional. Será neste momento que ficará evidente e vai eclodir, violentamente, a guerra entre a estrutura estatal criminosa e aqueles cidadãos que não a suportam. O conturbado e inconfiável ambiente político alimentam o caos. No horizonte, o risco de um magnicídio nunca esteve tão provável como agora. Na hora em que o pau cantar mais alto (pois já está cantando, nem tão silenciosamente assim), será a hora do salve-se quem puder. O resultado é imprevisível.

As Forças Armadas brasileiras trabalham, claramente, com esse cenário de radical desestruturação social com muita probabilidade de descambar em guerra civil. Só neste momento os militares admitem que podem promover uma intervenção. Chegar a tal ponto sem retorno pode não ser o ideal para o Brasil, porque a explosão de violência pode ceifar muitos brasileiros, como nunca antes ocorreu em nossa História. Exatamente porque o País jamais enfrentou situação semelhante (já que golpes de estado sempre conseguiram promover uma forçada "conciliação" para evitar a guerra civil de resultado imprevisível), é fundamental ficar atento agora.

Se o pirão econômico desandar de vez, a politicagem perder a capacidade de conciliação via conchavos, e a irresponsabilidade revolucionária de esquerda falar mais alto, com a colaboração direta das organizações criminosas, o Brasil pode mergulhar no completo caos social e institucional, com risco até de ocorrer fragmentação do território nacional - que interessa ao grande capital transnacional que controla e explora o Brasil, com a ajuda dos corruptos estrategicamente colocados no poder estatal - federal, estadual ou municipal.

O pau não vai cantar! Já está cantando no Brasil. A Revolução Brasileira, provavelmente nada pacífica, está em andamento. Só não enxerga quem prefere a cegueira política. Quem não entender o processo, e se omitir por covardia ou conveniência, tem tudo para se dar muito mal, quando o pau cantar mais alto.

Cinicamente hilário é ver a politicagem tupiniquim posando, conchavando e roubando como se nada de grave estivesse acontecendo...       

Ponto de encontro


Ventobras


Sempre 13



Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus. Nekan Adonai!

13 de janeiro de 2016
 Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.

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