"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 26 de dezembro de 2015

LEWANDOWSKI NO ATO REVELA DE FATO NÃO CONFIAR EM EDUARDO CUNHA


Lewandowski recebe Cunha em público e Renan em sigilo
















O título vem de um livro político importante de Carlos Heitor Cony e o texto baseia-se em três reportagens dos mais importantes jornais do país, nas suas edições de 24. No Estado de São Paulo, a matéria é de Gustavo Aguiar e Daiane Cardoso; na Folha de São Paulo de Márcio Falcão, Ranier Dragon e Gustavo Uribe; no O Globo assinam a reportagem Carolina Brígido e Cristiane Jungblat.  As três convergem para um ponto único: ao receber o deputado Eduardo Cunha e convocar os jornalistas para assistir o encontro, o presidente do Supremo Tribunal Federal acentuou tacitamente sua desconfiança na interpretação que o presidente da Câmara poderia dar aos assuntos tratados e, com isso, estabelecer alguma confusão na opinião pública do país. Lewandowski partiu, a meu ver, do princípio de que não basta observar um fato, mas sim analisar seu conteúdo. A diferença clássica entre um episódio e sua versão.
Assim, para o presidente do Supremo, a imprensa tornou-se testemunha dos diálogos realizados em sua sala na Corte Suprema. Ele pesou bem o panorama. Não poderia deixar de receber eticamente o presidente da Câmara Federal, porém não desejava aceitar seus argumentos a respeito da decisão do STF sobre o rito do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. Deixou claro, contudo que a decisão somente poderá ser objeto de embargo declaratório, após a publicação do acórdão que a estabeleceu. Assinalou que existe um prazo para isto: 5 dias após a íntegra do acórdão sair no Diário Oficial da União.
Além disso, o presidente do Supremo fez questão de dizer que considera o resultado do julgamento absolutamente claro, e, portanto, não discutível. Esta versão não pode ser contestada porque teve a opinião pública por testemunha. Isso de um lado. De outro transmitiu a existência de um clima não amistoso entre o presidente do Supremo e o da Câmara dos Deputados.
RECURSOS DA SAÚDE TÊM DURAÇÃO LIMITADA
O governador Luiz Fernando Pezão e muito menos a população carioca e fluminense, no fundo, não têm razões para comemorar a liberação de 155 milhões pelo governo federal e o empréstimo de 100 milhões concedido pelo prefeito Eduardo Paes para aliviar a crise extrema em que se encontra a saúde no estado do Rio de Janeiro. Isso porque tal volume de recursos é emergencial, não duradouro. Vai funcionar para garantir o pagamento dos custos do sistema até quando? Resposta: por poucos meses. Além do mais, no caso do empréstimo, ele terá de ser pago.
A situação catastrófica do programa de saúde pública em nosso estado decorre de vários fatores. Que vão da imprevidência a um erro fundamental de concepção. Pagamentos são feitos a organizações privadas de saúde. Dessa forma incentiva ao lucro em consequência da não prestação de serviço. E sim cobrar pelo que deixam de fazer.

26 de dezembro de 2015
Pedro do Coutto

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