"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 26 de dezembro de 2015

BUMLAI, O AMIGO DE LULA, VAI REVELAR A CORRUPÇÃO DE BELO MONTE



O empresário José Carlos Bumlai, o amigo de Lula que foi preso no final de novembro pela Operação Lava Jato, contou em depoimento à Polícia Federal que vai revelar “fatos ilícitos de que tem ciência” sobre a construção da usina de Belo Monte.
Uma das revelações que Bumlai fez, segundo a Folha apurou, foi que ele ajudou a configurar o primeiro consórcio que ganhou o leilão para construir Belo Monte, mas não fez a obra por falta de capacitação técnica. Esse consórcio foi estimulado pelo governo do então presidente, Lula, para pressionar as empreiteiras que haviam feito o estudo para construir Belo Monte (Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa e Odebrecht), as quais consideraram baixo demais o preço estimado para a obra.
O consórcio, que ganhou o leilão para a obra em 2010, era integrado por empresas menores, como Queiroz Galvão, Mendes Junior e Cetenco, junto com a Chesf (Companhia Hidro Elétrica do São Francisco).
As grandes empreiteiras chamavam esse grupo de “aventureiros”. Posteriormente, as grandes assumiram a obra, orçada em R$ 14 bilhões, em valores de 2010. Vários delatores já contaram à PF que houve pagamento de propina na obra de Belo Monte, para políticos do PT e do PMDB.
Os fatos narrados por Bumlai permanecem em sigilo porque vão fazer parte de um novo inquérito da PF.
Bumlai decidiu confessar irregularidades depois de ser preso pela Lava Jato, para tentar obter uma pena menor. Ele já assumiu que fez um empréstimo de R$ 12 milhões em seu nome, em 2004, mas que o dinheiro era para o caixa dois do PT, o que o partido nega.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Bumlai está cooperando com a Justiça, mas as confissões vão reduzir muito pouco sua pena. A alternativa mesmo seria a delação premiada, mas o empresário não quer trair a amizade com Lula. Resultado: vai se tornar uma espécie de Marcos Valério do Petrolão. (C.N.)

26 de dezembro de 2015
Mario Cesar Carvalho
Folha

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