Caros amigos
Há muita gente justificadamente ansiosa por uma mudança radical na política brasileira. Eu me incluo entre elas!
O que não é justificável é deixar que a ansiedade faça com que percamos o bom senso e o sentido de realidade e que passemos a acreditar em boatos ou em irresponsáveis pregadores da radicalização.
Dizer que as instituições, aparelhadas como estão, de nada valem - que de nada adianta obedecer as leis e preservar a ordem pública - é fazer o jogo do inimigo. Imaginar que, com um golpe militar, prendendo e fuzilando a todos que se colocarem contra a “democracia”, vamos resolver os problemas do Brasil é retroceder aos tempos retratados nos filmes de faroeste, em que a Cavalaria chegava para salvar as caravanas atacadas pelos índios selvagens!
Da mesma forma, denegrir a imagem das FFAA, chamando a “milicada” de covarde ou de adesista, é mais do que trabalhar a favor do inimigo, é falta de inteligência, pois, se realmente acreditamos que os nossos adversários são os fora-da-lei, não podemos desmoralizar os que em ÚLTIMA instância os farão cumprir a lei e reestabelecerão a ordem.
O fato de os militares não se manifestarem da forma como nós gostaríamos que fizessem não significa que estejam calados, imobilizados ou intimidados por quem quer que seja. Para eles “a missão é o farol” e esta quem lhes dá é a Constituição Federal que, boa ou ruim, define os limites da autoridade de cada um. Eu aprendi isto junto com quem está no comando hoje e, com eles, ajudei a ensinar isto a quem os virá a substituir. Nada mudou e eu continuo a acreditar nisso!
Em meio à balbúrdia e ao tumulto das manobras tortuosas dos políticos que escolhemos para representar-nos no Parlamento, há manifestações claras de que existe uma maioria que, por razões lógicas - honestas ou não -, já entendeu qual é a vontade daquele de onde emana o poder e em cujo nome ele deve ser exercido.
O mesmo pode ser sentido na atuação e nas manifestações mais contundentes de magistrados, de operadores da lei, do Ministério Público, do TCU, da Polícia Federal e até de alguns Tribunais Superiores, sabidamente aparelhados, mas conscientes de que, para tudo, há limites, dentro da lei!
Assim, amigos, temos que continuar vigilantes e a manifestar com veemência e oportunidade a nossa ansiedade por mudanças consistentes e democráticas, por todos os meios que a lei, a nossa energia e a nossa vontade nos permitem e que a modernidade nos coloca à disposição, meios estes que já apavoram os que os usam para disseminar mentiras e boatos como o absurdo da contratação de um “assessor russo” pelo Ministro da Defesa, a despeito da “milicada”.
Aliás, só chama os militares de “milicada” quem não os conhece, quem os conhece e teme, quem os despreza e os quer desmoralizados ou quem quer aparecer diante do povo como “machão”, sendo, na verdade, “fanfarrão”!
É o que eu penso!
14 de outubro de 2015
Paulo Chagas
Há muita gente justificadamente ansiosa por uma mudança radical na política brasileira. Eu me incluo entre elas!
O que não é justificável é deixar que a ansiedade faça com que percamos o bom senso e o sentido de realidade e que passemos a acreditar em boatos ou em irresponsáveis pregadores da radicalização.
Dizer que as instituições, aparelhadas como estão, de nada valem - que de nada adianta obedecer as leis e preservar a ordem pública - é fazer o jogo do inimigo. Imaginar que, com um golpe militar, prendendo e fuzilando a todos que se colocarem contra a “democracia”, vamos resolver os problemas do Brasil é retroceder aos tempos retratados nos filmes de faroeste, em que a Cavalaria chegava para salvar as caravanas atacadas pelos índios selvagens!
Da mesma forma, denegrir a imagem das FFAA, chamando a “milicada” de covarde ou de adesista, é mais do que trabalhar a favor do inimigo, é falta de inteligência, pois, se realmente acreditamos que os nossos adversários são os fora-da-lei, não podemos desmoralizar os que em ÚLTIMA instância os farão cumprir a lei e reestabelecerão a ordem.
O fato de os militares não se manifestarem da forma como nós gostaríamos que fizessem não significa que estejam calados, imobilizados ou intimidados por quem quer que seja. Para eles “a missão é o farol” e esta quem lhes dá é a Constituição Federal que, boa ou ruim, define os limites da autoridade de cada um. Eu aprendi isto junto com quem está no comando hoje e, com eles, ajudei a ensinar isto a quem os virá a substituir. Nada mudou e eu continuo a acreditar nisso!
Em meio à balbúrdia e ao tumulto das manobras tortuosas dos políticos que escolhemos para representar-nos no Parlamento, há manifestações claras de que existe uma maioria que, por razões lógicas - honestas ou não -, já entendeu qual é a vontade daquele de onde emana o poder e em cujo nome ele deve ser exercido.
O mesmo pode ser sentido na atuação e nas manifestações mais contundentes de magistrados, de operadores da lei, do Ministério Público, do TCU, da Polícia Federal e até de alguns Tribunais Superiores, sabidamente aparelhados, mas conscientes de que, para tudo, há limites, dentro da lei!
Assim, amigos, temos que continuar vigilantes e a manifestar com veemência e oportunidade a nossa ansiedade por mudanças consistentes e democráticas, por todos os meios que a lei, a nossa energia e a nossa vontade nos permitem e que a modernidade nos coloca à disposição, meios estes que já apavoram os que os usam para disseminar mentiras e boatos como o absurdo da contratação de um “assessor russo” pelo Ministro da Defesa, a despeito da “milicada”.
Aliás, só chama os militares de “milicada” quem não os conhece, quem os conhece e teme, quem os despreza e os quer desmoralizados ou quem quer aparecer diante do povo como “machão”, sendo, na verdade, “fanfarrão”!
É o que eu penso!
14 de outubro de 2015
Paulo Chagas
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