"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 19 de junho de 2015

GIGANTE PETROQUÍMICA BRASKEM É ALVO DE BUSCA E APREENSÃO NA LAVA JATO

DIRETOR DA ODEBRECHT TERIA NEGOCIADO PROPINA DA ODEBRECHT/BRASKEM


EXECUTIVO TERIA ACERTADO O PAGAMENTO DE U$ 5 MILHÕES AO ANO 
PARA YOUSSEF E PAULO ROBERTO


A Polícia Federal cumpriu mandado nesta sexta-feira, 19, de busca e apreensão na sede da empresa Braskem, gigante dos setores químico e petroquímico. O doleiro Alberto Youssef afirmou em delação premiada que Alexandrino de Salles Ramos de Alencar, diretor da Odebrecht, teria negociado o pagamento de propina da Odebrecht/Braskem com ele e o então diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa.

O executivo teria acertado o pagamento de U$ 5 milhões ao ano para Youssef e Paulo Roberto em troca de a Petrobrás vender para a Braskem uma cesta de serviços pelo mesmo preço praticado no mercado internacional, inferior ao cobrado pela petroleira no mercado interno. Da propina, 30% iria para Paulo Roberto e 70% para o Partido Progressistas (PP).

O pagamento da propina seria feito no exterior e intermediado pelo diretor financeiro da Odebrechet Cesar Ramos Rocha, conhecido pela alcunha de “Naruto”. Reforçaram os indícios de esquema, email apreendido pela PF na Odebrecht na sétima fase da Lava Jato enviado por Roberto Prisco Ramos, da Braskem, para o presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrechet, e outros executivos da empresa. Na mensagem, se faz referência a colocação de um sobrepreço da ordem de 20 a 25 mil dólares por dia em contrato de operação de sondas. Alexandrino e Cesar Rocha foram presos hoje na 14a fase da Lava Jato.

A Braskem confirma que a Polícia Federal está cumprindo mandado de busca e apreensão em seu escritório em São Paulo no âmbito da Operação Lava Jato.

Em relação ao e-mail amplamente divulgado pela imprensa, a Braskem esclarece o seguinte:

- Todo o conteúdo da mensagem, incluindo a operação de sondas, não tem relação com qualquer atividade da Braskem.

- O autor do e-mail trabalhou na Braskem até dezembro de 2010 e, na data da referida mensagem, já havia sido transferido para outra empresa da Organização Odebrecht.

A Braskem segue empenhada na elucidação dos fatos e à disposição das autoridades competentes para colaborar com as investigações. (AE)



19 de junho de 2015
diário do poder

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