Em meio à maior crise de impopularidade de um chefe de governo nos últimos tempos, somada à catástrofe econômica e às denúncias gravíssimas oriundas da Operação Lava-Jato, Dilma já não esconde o desespero. A presidente está em pânico. Confiram trecho de reportagem da Folha, por Thais Bilenky, Giuliana Vallone, Raul Juste Lores e Renata Agostini:
“A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira (29), referindo-se ao depoimento do dono da empreiteira UTC, Ricardo Pessoa, que “não respeita delator”.
Durante entrevista à imprensa em Nova York, onde começou sua visita pelos Estados Unidos no final de semana, Dilma negou que tenha recebido dinheiro ilícito em sua campanha à reeleição, no ano passado.
Em delação premiada, Pessoa disse que doou R$ 7,5 milhões à campanha de Dilma por temer prejuízos em seus negócios com a Petrobras. O montante foi doado legalmente. Em seus depoimentos, ele teria mencionado ainda doações ilegais R$ 15,7 milhões a ex-tesoureiros do PT e da campanha de Dilma.” (grifos nossos)
A frase dá real dimensão do caráter da presidente. No fim das contas, ela “não respeita” alguém que revele os crimes de uma quadrilha infiltrada no poder público. O que, afinal, mereceria seu respeito? O silêncio? A cumplicidade? Ficou estranho, para dizer o mínimo.
E, além de tudo, não é papel de Dilma Rousseff respeitar ou não a delação premiada. Como seu nome apareceu no depoimento de Ricardo Pessoa, da UTC, é natural que ela fique nervosa, até mesmo desesperada. Mas quem deve ou não “respeitar” o que foi dito é o Poder Judiciário. E ele respeita.
Pior para Dilma. Melhor para o país.
30 de junho de 2015
implicante
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