Nosso país não se cansa de bater recordes. Recordes que só deprimem cada vez mais a nossa combalida autoestima. O de agora, leitor, diz respeito aos serviços que recebemos como contrapartida dos impostos que pagamos.
Mais um estímulo, com certeza – e digo isso sem nenhuma jocosidade (o momento não se presta a brincadeira de qualquer espécie) –, a favor da sonegação, que, como se sabe, campeia em nosso país. Não é fácil achar uma economia tão oculta quanto a nossa.
O argumento de que não se paga imposto porque, além do desvio do nosso dinheiro, a carga é excessiva, e não se tem o serviço de que se necessita de volta retornará com mais força agora.
Mais um estímulo, com certeza – e digo isso sem nenhuma jocosidade (o momento não se presta a brincadeira de qualquer espécie) –, a favor da sonegação, que, como se sabe, campeia em nosso país. Não é fácil achar uma economia tão oculta quanto a nossa.
O argumento de que não se paga imposto porque, além do desvio do nosso dinheiro, a carga é excessiva, e não se tem o serviço de que se necessita de volta retornará com mais força agora.
O campeão de verdade desse ranking é a Austrália, que, entre 30 países, tem uma das menores cargas tributárias (de 27,3%).
Ela ocupa o primeiro lugar em mais um índice a nossa disposição, o Índice de Retorno de Bem-Estar à Sociedade.
O Brasil está na última colocação no ranking que mede o retorno de serviços em relação ao que o brasileiro paga de imposto.
O estudo, já divulgado, é do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), que levou em consideração os países que detêm as maiores cargas tributárias do mundo. E não é a primeira vez que isso acontece. Ocupamos essa mesma posição – a de lanterninha – pela quinta vez consecutiva.
Ela ocupa o primeiro lugar em mais um índice a nossa disposição, o Índice de Retorno de Bem-Estar à Sociedade.
O Brasil está na última colocação no ranking que mede o retorno de serviços em relação ao que o brasileiro paga de imposto.
O estudo, já divulgado, é do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), que levou em consideração os países que detêm as maiores cargas tributárias do mundo. E não é a primeira vez que isso acontece. Ocupamos essa mesma posição – a de lanterninha – pela quinta vez consecutiva.
DESVIO DE VERBAS
Estamos na 30ª posição do ranking, atrás da Argentina e do Uruguai, para ficar só em dois dos nossos vizinhos. A qualidade do ensino, o péssimo atendimento na saúde, a segurança e o saneamento básico são os nossos principais gargalos, que, ao mesmo tempo, nos envergonham e nos revoltam.
E o problema não está só no desvio criminoso do dinheiro público, mas, fundamentalmente, na incompetência dos gestores públicos, que se manifesta de várias maneiras, mas, sobretudo, nas obras sem qualquer critério de prioridade.
E o problema não está só no desvio criminoso do dinheiro público, mas, fundamentalmente, na incompetência dos gestores públicos, que se manifesta de várias maneiras, mas, sobretudo, nas obras sem qualquer critério de prioridade.
Se pudéssemos somar as quantias que os governos gastam sem critério e planejamento – nos municípios, nos Estados e no país – ao que desapareceu no ralo da corrupção, teríamos uma cifra simplesmente astronômica, capaz de acabar com a fome em nosso país e no mundo.
REFORMA POLÍTICA
Um novo recorde que o país está prestes a bater é o da reforma política.
Depois de adormecida durante anos, em obediência a inúmeros e contraditórios interesses, o Congresso Nacional corre o risco de não fazer reforma alguma.
Aliás, corre um risco muito maior, o de piorar ainda mais o que já temos a respeito de eleições, partidos políticos e financiamento de campanhas.
Não se combate a corrupção desenfreada, que tomou conta do país, por meio de mudanças – complexas ou simples – em nosso sistema político.
Qualquer sistema político, por melhor e mais perfeito que seja, será muito pouco se não nos dispusermos a mudar o país por meio da educação.
E essa, leitor, não é obra de resultado imediato, segundo afirmação recente do ex-presidente do Uruguai, José Pepe Mujica: “As questões da educação são como plantar oliveiras: não espere uma grande colheita imediatamente, porque vai demorar anos, muitos anos”.
Depois de adormecida durante anos, em obediência a inúmeros e contraditórios interesses, o Congresso Nacional corre o risco de não fazer reforma alguma.
Aliás, corre um risco muito maior, o de piorar ainda mais o que já temos a respeito de eleições, partidos políticos e financiamento de campanhas.
Não se combate a corrupção desenfreada, que tomou conta do país, por meio de mudanças – complexas ou simples – em nosso sistema político.
Qualquer sistema político, por melhor e mais perfeito que seja, será muito pouco se não nos dispusermos a mudar o país por meio da educação.
E essa, leitor, não é obra de resultado imediato, segundo afirmação recente do ex-presidente do Uruguai, José Pepe Mujica: “As questões da educação são como plantar oliveiras: não espere uma grande colheita imediatamente, porque vai demorar anos, muitos anos”.
E, por falar em recorde, o maior de todos (e, sem dúvida, o mais nefasto) está, de fato, nas mãos dos que há mais de 12 anos consecutivos “governam” o nosso país.
A presidente Dilma, por exemplo, ao que parece, depois da sua decisiva contribuição para aniquilar a educação, não está nem aí para o que acontece em nossa estagnada economia.
A sua preocupação, hoje, é pedalar a sua bicicleta.
14 de junho de 2015
Acílio Lara Resende
O Tempo
A presidente Dilma, por exemplo, ao que parece, depois da sua decisiva contribuição para aniquilar a educação, não está nem aí para o que acontece em nossa estagnada economia.
A sua preocupação, hoje, é pedalar a sua bicicleta.
14 de junho de 2015
Acílio Lara Resende
O Tempo
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