"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 27 de maio de 2014

VIROU BADERNA

Declaração de Joana Havelange sobre roubalheira na Copa é mais um motivo para boicotar o evento

joana_havelange_01O Brasil, como afirma com excesso de propriedade o jornalista José Simão, é o país da piada pronta. E a cada dia surge uma piada nova. Imagine, caro leitor, se no dia do seu aniversário um ladrão rouba-lhe tudo, mas mesmo assim aquela festa de arromba continua de pé.
Pode parecer enredo de filme que mescla tragédia e comédia, mas essa é a realidade do nosso Brasil.

Essa é a conclusão a que se chega depois de ler uma postagem feita no Instagram por Joana Havelange, filha de Ricardo Teixeira e diretora do Comitê Organizador Local da Copa do Mundo (COL). Na rede social, Joana dividiu com os amigos mensagem em que, ao falar sobre os protestos contra a Copa, afirma: “o que tinha que ser roubado já foi”. Ou seja, Joana Havelange acompanhou a roubalheira que marcou a organização da Copa, mas preferiu manter o silêncio. Possivelmente porque aprendeu a se comportar assim.

“Não apoio, não compartilho e não vestirei preto em dia nenhum de jogo do Mundial. Quero que a Copa aconteça da melhor forma. Não vou torcer contra, até porque o que tinha que ser gasto, roubado, já foi. Se fosse para protestar, que tivesse sido feito antes. Eu quero mais é que quem chegue de fora, veja um Brasil que sabe receber, que sabe ser gentil. Quero que quem chegue, queira voltar. Quero ver um Brasil lindo. Meu protesto contra a Copa será nas eleições. Outra coisa, destruir o que temos hoje, não mudará o que será feito amanhã”, escreveu a diretora do COL.

Em suma, a mensagem que Joana Havelange passou aos que a seguem na rede social é que o ladrão entrou, levou tudo o que conseguiu, mas mesmo assim a festa precisa acontecer. Com o detalhe de que o anfitrião deve ser só sorrisos, mesmo que depois da festa arranque os cabelos ao perceber que ficou apenas com a roupa do corpo.

Em qualquer país do planeta, onde existem autoridades responsáveis e povo sério, Joana Havelange já estaria depondo na delegacia mais próxima. É no mínimo um deboche a postagem da neta de João Havelange e filha do polêmico e enrolado Ricardo Teixeira, que, oficialmente, continua a viver seu exílio dourado na calma e tranquila Florida (EUA).

Caso tivesse postado tal mensagem nos Estados Unidos, Joana Havelange por certo já estaria sendo processada pelo crime de conspiração contra o Estado, modalidade penal que inexiste no Brasil, para a sorte dos especialistas em vilipendiar a pátria.

Os brasileiros de bem, que trabalham de sol a sol durante mais de cinco meses para pagar impostos, não podem aceitar uma declaração como essa, sob pena de a roubalheira tornar-se não apenas institucionalizada, mas oficial. A postagem de Havelange, a neta, é mais um motivo para os brasileiros boicotarem a Copa do Mundo, evento desnecessário para um país que vive açoitado pela crise e cercado pelas mazelas.

27 de maio de 2014
ucho.info

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