"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 14 de março de 2014

PMDB NÃO GOSTOU DO ATROPELAMENTO. VAMOS RESPEITAR O LOTEAMENTO!

Henrique Alves diz que PMDB não participou da escolha de ministros

 
O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), disse nesta quinta-feira (13) que a bancada do PMDB na Casa não participou da escolha dos nomes que devem substituir os ministros Gastão Vieira (Turismo) e Antônio Andrade (Agricultura) na reforma ministerial.
 
Alves disse que Dilma fez "boas escolhas", mas integrantes do PMDB criticaram a indicação do presidente do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), Ângelo Oswaldo, para o Ministério do Turismo.
"O PMDB da Câmara não participou, em momento algum, da escolha desses nomes. É decisão da presidente. Eu reconheço que ela fez boas escolhas", afirmou Alves.
 
O nome de Oswaldo, ex-prefeito de Ouro Preto (MG), irritou membros do PMDB especialmente porque ele é ligado ao ex-ministro Fernando Pimentel (PT), que deve ser o candidato do PT ao governo de Minas Gerais. Na prática, uma pasta que era da cota do PMDB passaria a ser controlada pelo PT.
 
O Palácio do Planalto não confirma oficialmente a substituição do atual ministro do Turismo. O presidente do PMDB, Valdir Raupp (RO), disse que o partido apoia a escolha de Neri Geller para o Ministério da Agricultura, mas não endossa o nome de Oswaldo.
 
Editoria de Arte/Folhapress

"Se dependesse de opinião minha, eu pediria para [a presidente] esperar um pouco mais a nomeação do Ministério do Turismo. Ele não pacifica a bancada, nem a de Minas Gerais. Ele foi prefeito do PMDB, é nome técnico, mas na área política é um pouco mais difícil", afirmou Raupp.
 
O senador disse que, mesmo com a decisão da bancada do PMDB da Câmara de não indicar nenhum ministro, o nome de Geller foi "amadurecido" pelos deputados do partido. Na opinião de Raupp, a crise do PMDB com o PT na Câmara não será solucionada em curto prazo porque depende de "tempo e muita conversa". "A bancada da Câmara está insatisfeita, é uma realidade. É uma insatisfação que se acumulou ao longo do tempo, não vai ser resolver de uma hora para a outra", afirmou.
 
O senador disse que o "blocão" de partidos aliados insatisfeitos com a presidente Dilma Rousseff, formado na Câmara, não vai durar muito tempo porque outras siglas vão deixar o grupo. "A bancada onde a crise está maior, dentro da base aliada, é a bancada do PMDB. Eu acho que esse 'blocão' não se sustenta. Com o tempo, os partidos vão saindo e vai ficar somente a bancada do PMDB."
 
MUDANÇAS
A presidente Dilma Rousseff destravou ontem alguns nomes da reforma ministerial depois da rebelião conduzida pelo PMDB na Câmara. Os principais aliados do governo impuseram derrotas em série ao Palácio do Planalto no Congresso, como a aprovação de convocações de ministros do governo Dilma e a abertura de investigação contra a Petrobras.
 
Dilma concordou com o indicado do PP, Gilberto Occhi (vice-presidente da Caixa), para o Ministério das Cidades. Deve ser anunciado também um nome do Pros para Integração Nacional e a efetivação de Mauro Borges no Desenvolvimento. O PTB pode ganhar uma estatal.
 
Raupp disse que a reforma ministerial deve ser concluída até amanhã, com as posses dos novos ministros sendo realizadas no máximo até segunda-feira (17). As indicações para o novo ministério de Dilma foram um dos motivos para o início da crise do PMDB da Câmara com o governo depois que a presidente sinalizou reduzir de dois para um os ministérios na cota dos deputados peemedebistas.

14 de março de 2014
GABRIELA GUERREIRO e MARIANA HAUBERT - Folha de São Paulo

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