Fantasiar-se, travestir-se ou se mascarar..beber para "esquecer"... Ou, numa fuga do sofrimento diário, escapar da realidade insuportável, só faz sentido para um povo que tem presente um forte senso, tanto moral quando estético, do mundo em que vive...
Uma consciência aguda de si mesmo e do seu tempo, que pudesse, por um só momento, justificar essa fantasia, essa sensação de escape e de brincadeira coletiva que o Carnaval pretende ser...
Esse não é o nosso caso. Nós não podemos escapar da realidade. Nós sequer sabemos o que venha a significar a realidade no Brasil de 2014.
190 milhões de pessoas estão doentes...
04 de março de 2014 Milton Pires
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