"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 20 de outubro de 2013

PT CONCLUI OPERAÇÃO INICIADA POR VALÉRIO PARA SOCORRER BANQUEIROS CORRUPTOS

A operação para beneficiar banqueiros corruptos foi suspensa quando explodiu o escândalo do mensalão. O notório Luiz Inácio Lula da Silva havia escalado Marcos Valério para comandar a "salvação" dos proprietários dos bancos Econômico, Nacional e Mercantil de Pernambuco... "Salvação" que envolve muitos milhões de reais. Trambicagem rotineira nas administrações Lula-Dilma.
 
Valério, logo as páginas policiais noticiariam, era o homem forte de Lula e Dirceu para fazer o jogo sujo. A ajuda aos banqueiros era apenas um braço de toda a ´batalha` para surrupiar o Tesouro. Leia-se, a grana dos nossos impostos. Com a gangue lulista flagrada com a mão na massa (mensalão), a ajuda aos banqueiros recuou. Deu um tempo.
 
Agora, a turma do Lula, e claro, Dilma Rousseff, afinal, embora seja uma mera laranja, é presidente da República, alcançaram o objetivo. Curioso que a "faxineira" dá sequência a toda a patifaria dos dois governo Lula e até vai adiante. Afinal, a consumação da ´operação` Valério chega ao fim pelas mãos ´limpas` da "gestora de araque"
 
LEIA MATÉRIA DO ESTADÃO
  
Após 18 anos, acaba briga com bancos do Proer.  Programa de reparcelamento de dívidas levou ex-banqueiros a desistir de ações judiciais e a começar a pagar seus débitos
 
Depois de 18 anos, o Proer, o programa pelo qual o governo emprestou recursos aos bancos privados em dificuldades, entrou no seu capítulo final com o fim da guerra judicial travada com as famílias dos banqueiros quebrados. Em troca de um desconto generoso de R$ 12,8 bilhões na dívida, os cinco bancos que receberam socorro federal num dos capítulos mais traumáticos da história do Sistema Financeiro Nacional renunciaram às ações na Justiça que buscavam reduzir o débito.
 
Documentos internos do Banco Central obtidos pelo Estado mostram que os últimos acordos foram assinados somente em junho passado, quando finalmente o Econômico e o Nacional, os maiores bancos do Proer, aceitaram as condições do parcelamento de suas dívidas. Desde então, o BC já recebeu, segundo o último levantamento da instituição, de setembro, R$ 15,3 bilhões.
 
Esse acerto de contas foi viabilizado com a criação do Refis do Proer, um programa de parcelamento de dívidas com o governo aprovado pelo Congresso Nacional em 2010, que permitia descontos de até 45% dos encargos da dívida. Os bancos aderiram ao programa, mas a negociação sobre as condições de pagamento não avançou por causa de uma sucessão de recursos movidos pelos bancos e pressões políticas.
 
A briga só foi encerrada em junho passado, três anos após a criação do Refis, quando o BC intimou o Econômico e o Nacional a assinar o acordo final de adesão ao Refis. Do contrário a dívida seria executada integralmente. Pressionadas, as instituições finalmente assinaram o acordo e começaram a pagar sua dívida. A essa altura, os demais bancos inscritos no Proer já haviam entrado em entendimento com o governo.
 
A assinatura dos últimos acordos marca o fim de uma guerra judicial. Nos termos do acordo, os bancos tiveram que fazer a confissão irretratável das dívidas e renunciar às ações judiciais já feitas e também as que poderiam ser ajuizadas no futuro. Assim, o BC se livrou do fantasma de perder os litígios. Um rombo estimado, de acordo com os documentos, de R$ 70 bilhões.
 
Ao assinar o acordo, os bancos desistiram das ações que estavam na Justiça, pedindo a atualização das dívidas pela TR, bem mais favorável que a correção pelo custo médio das garantias mais 2%, como estava nos contratos do Proer. Uma conta que poderia custar R$ 34,8 bilhões.
 
Desistiram também de questionar judicialmente a decisão do BC de proibir o pagamento das dívidas com o FCVS, créditos considerados "moeda podre" e de recebimento incerto. Os documentos mostram que os bancos tentaram empurrar até o último momento os créditos do FCVS para quitar a dívida. Se a estratégia privada tivesse dado certo, banqueiros sairiam do episódio ainda bilionários com a liberação das garantias boas e mais valiosas, como os títulos atrelados à taxa Selic e ao cambio. Essas garantias foram dadas na época dos empréstimos e geraram polêmica justamente por estarem recheadas dos ativos duvidosos do FCVS.
 
Ao longo dos últimos três anos, parlamentares tentaram, por duas vezes, aprovar emendas que obrigavam o BC a receber os FCVS. Elas foram incluídas em duas Medidas Provisórias, que nada tinham a ver com o assunto. O BC já havia emitido antes portaria com 13 critérios para pagamento, com base em parecer técnico de sua área jurídica, que em seu conjunto evitaram descontos de mais R$ 5,9 bilhões nas dívidas. As emendas foram vetadas pela presidente Dilma Rousseff, mas mesmo assim os advogados dos bancos do Proer continuaram em litígio.
 
A dívida que sobrou soma R$ 42 bilhões. Os bancos, que antes do Refis estavam inadimplentes com o Proer, terão ainda 15 anos para quitar o débito. Mas o fluxo de pagamento já foi normalizado. Até dezembro deste ano, deverá entrar mais R$ 1,2 bilhão. Para 2014, serão mais R$ 3 bilhões. O Nacional está pagando R$ 162,3 milhões por mês e o Econômico uma parcela de R$ 62,1 milhões. Segundo o BC, as parcelas têm sido pagas em dia. "A discussão judicial acabou. Até hoje estaríamos num discussão sem fim", diz o procurador-geral do BC, Isaac Sidney.

20 de outubro de 2013
ADRIANA FERNANDES E CÉLIA FOUFRE - O Estado de S.Paulo

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