"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

NOTAS POLÍTICAS DO JORNALISTA JORGE SERRÃO

Vazamento de que governo vê com reservas fusão Oi-PT acirra guerra intestina entre Dilma, Lula e Dirceu
 
Uma briga intestina na cúpula petralha, com repercussões políticas imprevisíveis na coesão do PT para a reeleição de 2014, pode ser a causa do recente “vazamento” de informações nos bastidores governamentais advertindo sobre “problemas” na fusão bilionária entre a Oi e a Portugal Telecom. Dos subterrâneos do poder, pode emergir mais uma evidência dos permanentes conflitos ocultos de interesses entre Dilma Rousseff, Luiz Inácio Lula da Silva e José Dirceu.
 
O Presidentro Lula e a eterna eminência parda petista Zé Dirceu são apontados, nas fofocas do mercado, como grandes incentivadores e interessados na megafusão entre as empresas de telefonia brasileira e portuguesa. A família da Silva, através da empresa do filho Fábio, é parceira da Oi. Dirceu sempre foi identificado como “consultor” da PT (ironicamente, a sigla da Portugal Telecom). Agora, surge a Dilma no cenário, para jogar água fria na união entre PT e Oi.
 
O Valor Econômico desta quinta-feira vaza a informação “de uma fonte do governo” classificando de “duvidoso o negócio, cujo sucesso depende da viabilidade da operação de capitalização de R$ 7 a 8 bilhões no mercado financeiro”. A mesma fonte oficial agourenta, não identificada pelo jornal, adverte que o governo “teme que não haja dinheiro novo na para investimentos no médio prazo”.
Na mesma linha de geração de desgaste ao negócio, a fonte governamental (apenas citada como “um assessor presidencial”) alimenta a intriga de que “o maior objetivo da fusão pode ter sido simplesmente a transferência de dívidas da holding que controla a Oi para as suas subsidiárias. Na visão da rede de intrigas, o governo estaria “preocupado” com o negócio.
 
Além de plantar a informação negativa de que foi “nada esclarecedora” a passada dada ontem pelo presidente da Oi, Zeinal Bava, nos escritórios do Ministério das Comunicações e da Anatel, em Brasília, o “assessor presidencial” oculto também fez a sombria previsão de que “os minoritários e os próprios fundos de pensão estatais podem adotar uma atitude mais cautelosa e evitar um aumento de capital na Oi”.
 
A publicação de tais comentários, vazados pelo Palácio do Planalto, tem tudo para aumentar a temperatura no inferno das relações intestinas da cúpula do PT e do Presidentro Lula com a Presidenta Dilma. O fato de o governo deixar vazar a informação de que vê com reservas a fusão entre a Oi e a PT pode escancarar uma autofágica briga dentro do PT, no momento em que o partido assimila o risco à reeleição de Dilma representado pela entrada em cena da chapa Eduardo Campos-Marina Silva.     

A petralhada está piscando?

  
Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.

10 de outubro de 2013
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.

Nenhum comentário:

Postar um comentário