"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

CONTINUA A NOVELA MARINA-CAMPOS: QUEM SERÁ CABEÇA DE CHAPA?


 
Um dia depois de a senadora Marina Silva afirmar em entrevista à Folha que tanto ela quanto o governador Eduardo Campos são "possibilidades" para 2014, integrantes do PSB afirmaram que o nome que aparecerá na urna no dia 5 de outubro de 2014 como o candidato do partido à Presidência será o de "Eduardo Henrique Accioly Campos". "Não tem isso de discutir lá na frente posição na chapa. A candidatura posta é a de Eduardo e ela vai até o dia da eleição. A cabeça de chapa se chama Eduardo Henrique Accioly Campos e esse será o nome na urna no dia da eleição", afirmou o secretário-geral do PSB, Carlos Siqueira.
 
Um dos congressistas que participaram da articulação para a aliança Campos-Marina, o senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) também negou a possibilidade de que o governador possa vir a ceder a vaga a Marina, a depender das circunstâncias. "Os que apostarem em uma disputa entre Eduardo e Marina vão perder. Não tenho nenhuma dúvida de que a Marina fez opção pela candidatura do Eduardo, e essa candidatura vai até o fim." Ontem, Marina reclamou do destaque dado à sua declaração e disse que falava só em possibilidades para o Brasil, mas voltou a se negar a responder diretamente se descarta a sua postulação.
 
Apesar de reconhecerem o constrangimento, integrantes do PSB dizem, nos bastidores, que Marina não deixará clara agora a sua possível desistência de concorrer ao Planalto por dois motivos: risco de desmobilização na Rede, o partido que ela tentou criar, mas foi barrado pela Justiça Eleitoral, e possibilidade de que Campos vire o foco principal dos adversários.
 
A ameaça tácita de possível "inversão" de papéis na chapa é só um dos potenciais curtos-circuitos que já surgiram após o anúncio da aliança. Nos Estados, há chances reais de que Rede e PSB caminhem em lados distintos. Em São Paulo, o PSB tendia a apoiar a reeleição de Geraldo Alckmin (PSDB), mas integrantes da Rede já passaram a defender o nome do deputado federal Walter Feldman, "marineiro".
 
Em Goiás, a ex-senadora "vetou" publicamente a aliança do PSB com o deputado ruralista Ronaldo Caiado (DEM). No Distrito Federal, Marina anunciou apoio à pré-candidatura do deputado federal Reguffe (PDT), apesar de o PSB também ter um nome para a disputa, o de Rollemberg. "O Reguffe trabalhou pela criação da Rede, e é natural que ela manifeste preferência por ele", disse o senador. Em entrevista ontem, Marina disse que o limite para os acertos com o PSB nos Estados será a "coerência".
 
(Folha de São Paulo)
 
10 de outubro de 2013
in coroneLeaks

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