"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 24 de agosto de 2013

APÓS PROTESTOS, CABRAL GASTA 240% A MAIS COM PROPAGANDA

 

 
Com R$ 27,9 milhões empenhados em publicidade no mês de julho deste ano, o governo de Sérgio Cabral (PMDB) gastou 240% além da média dos seis meses anteriores para o mesmo fim, conforme um levantamento publicado pelo jornal O Estado de S. Paulo neste sábado. No mês seguinte aos protestos de junho, que causaram queda generalizada na popularidade de Cabral e outros governantes, a administração do Rio mais que dobrou a divulgação de suas ações. Até o fim de julho, os empenhos apenas para propaganda somavam R$ 76,8 milhões.
 
Desde 2007, o governo de Cabral, eleito com discurso crítico ao excesso de propaganda oficial, destinou quase R$ 1 bilhão para agências de publicidade. Já foram pagos R$ 880 milhões, corrigidos pelo IPCA. O governo,nega anormalidades nessas despesas. Os empenhos de julho representam também crescimento expressivo em comparação a julho de 2012: são 39,5% a mais sobre que os R$ 20 milhões de um ano atrás. Em nota ao jornal, a assessoria do governo afirmou que "comparar empenhos realizados no mesmo mês de anos diferentes não é parâmetro para medir estratégia de comunicação".
Protestos contra tarifas mobilizam população e desafiam governos de todo o País
Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.
A mobilização começou em Porto Alegre, quando, entre março e abril, milhares de manifestantes agruparam-se em frente à Prefeitura para protestar contra o recente aumento do preço das passagens de ônibus; a mobilização surtiu efeito, e o aumento foi temporariamente revogado. Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em São Paulo, onde sucessivas mobilizações atraíram milhares às ruas; o maior episódio ocorreu no dia 13 de junho, quando um imenso ato público acabou em violentos confrontos com a polícia.
A grandeza do protesto e a violência dos confrontos expandiu a pauta para todo o País. Foi assim que, no dia 17 de junho, o Brasil viveu o que foi visto como uma das maiores jornadas populares dos últimos 20 anos. Motivados contra os aumentos do preço dos transportes, mas também já inflamados por diversas outras bandeiras, tais como a realização da Copa do Mundo de 2014, a nação viveu uma noite de mobilização e confrontos em São PauloRio de JaneiroCuritibaSalvadorFortalezaPorto Alegre e Brasília.
A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. “Essas vozes precisam ser ouvidas”, disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas.

 
24 de agosto de 2013
Terra

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