"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 11 de abril de 2019

BOLSONARO PROMETE A PREFEITOS AUMENTAR REPASSE DE RECURSOS PARA MUNICÍPIOS

Jorge William / Agência O Globo
Bolsonaro parece ainda não ter noção da situação financeira do país
O presidente Jair Bolsonaro prometeu a centenas de prefeitos nesta terça-feira, em Brasília, apoiar um dos principais pleitos dos chefe de Executivo municipais: garantir o repasse de mais recursos da União às cidades. Ele destacou que há poucas verbas disponíveis, mas se disse disposto a dividir o montante também com os prefeitos, a quem pediu apoio para aprovar a reforma da Previdência.
“Conversei com o Paulo Guedes ontem. Dei o sinal verdade. Vamos apoiá-los na majoração do fundo de participação dos municípios com uma emenda constitucional” – declarou o presidente, sendo ovacionado durante a “Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios”, mais conhecida como Marcha dos Prefeitos. Ao fim da fala, ele foi saudado por parte dos participantes do evento como “mito”, apelido pelo qual ficou conhecido durante a campanha.
COM MAIA – O evento marcou o reencontro de Bolsonaro com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), dias depois a trégua entre os dois, que trocaram farpas publicamente nas últimas semanas. O parlamentar mencionou o mandatário no início do seu discurso:
“É um prazer estar com vossa excelência aqui no evento com os prefeitos” — declarou Maia a Bolsonaro, que retribuiu chamando o presidente da Câmara de “irmão” e citando-o diversas vezes ao longo de sua fala.
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM), e os governadores do Distrito Federal,Ibaneis Rocha (MDB), e de Rondônia, Marcos Rocha (PSL), também foram ao local. Em aceno de prestígio aos municipalistas, o presidente levou ao evento mais da metade do seu ministério: Onyx Lorenzoni (Casa Civil), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Luiz Henrique Mandetta (Saúde), Tereza Cristina (Agricultura), Osmar Terra (Cidadania), Bento Albuquerque (Minas e Energia), Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia), Marcelo Álvaro Antônio (Turismo), Gustavo Canuto (Desenvolvimento Regional), Ricardo Salles (Meio Ambiente), Floriano Peixoto (Secretaria-Geral da Presidência), Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos), André Mendonça (Advocacia-Geral da União) e Mauro Biancamano (interino da Secretaria de Governo).
MAIS RECURSOS – O presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Glademir Aroldi, que organizou o evento, cobrou das autoridades presentes a maior participação na arrecadação da União – hoje apenas 13% são destinados aos municípios, segundo ele.
“Isso não pode continuar desta forma” – declarou Aroldi, bastante aplaudido por seus pares. “Passaram-se 31 anos e o Pacto Federativo não foi regulamentado” – acrescentou, direcionando o recado aos comandantes das Casas do Congresso.
Ele cobrou ainda que o presidente Bolsonaro colocasse em prática um de seus lemas de campanha, “Mais Brasil, menos Brasília”, e aumentasse a distribuição de royalties do petróleo às cidades. E disse também que a reforma da Previdência é necessária, apesar de alguns pontos da proposta do governo causarem discórdia entre prefeitos.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Bolsonaro virou político, mesmo. O governo federal está quebrado e ele anuncia maior repasse para os municípios, mas não diz de onde vai tirar o dinheiro. Certamente virá da reforma “Tabajara” da Previdência, que vai resolver a crise econômica e transforma o país num Eldorado. Os governadores também vão querer a parte que lhes cabe nesse latifúndio. Na verdade, o governo federal não tem dinheiro para nada. Vai aumentar a dívida pública até explodir(C.N.)


11 de abril de 2019
Gustavo Maia
O Globo

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