"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

PIADA DO ANO: CABRAL CHAMA CAVENDISH DE 'MENTIROSO' E DE 'PUXA-SACO'

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Os amigos Cabral e Cavendish se divertiam juntos
O ex-governador do Rio, Sérgio Cabral Filho (PMDB), disse que o anel de cerca de R$ 800 mil (220 mil euros) comprado pelo empresário da Delta, Fernando Cavendish, para a então primeira-dama do Rio Adriana Ancelmo, em Nice, “foi um presente de puxa-saco”, dado para agradá-lo. Cabral também declarou que o empresário mentiu no depoimento da segunda-feira (4) ao dizer que o objeto foi um “anel de compromisso” com o ex-governador. A contrapartida ao mimo, segundo Cavendish, teria sido a participação da Delta nas obras de reforma do Maracanã para a Copa de 2014.
“Esse pobre sujeito está desesperado por esta acusação de ter lavado mais de R$ 300 milhões. Ele vai mudando a versão dele de acordo com os interesses da acusação. Ele me deu a oportunidade de dizer ao senhor (juiz Marcelo Bretas) que ele é um mentiroso. Ele me entregou o anel de presente, um presente de puxa-saco, querendo me agradar e que foi devolvido”, disse Cabral, em interrogatório na tarde desta terça-feira (5) para a 7ª Vara Federal Criminal.
INDELICADEZA – Questionado por Bretas se não seria estranho aceitar um presente de tão alto valor, Cabral respondeu que não sabia o seu preço. “Não perguntei o valor do presente, seria uma indelicadeza”, disse.
O ex-governador também negou que o anel tenha sido usado como moeda de troca para a obra. “Ele (Cavendish) está desesperado com medo de ir para a cadeia de novo. Tenta converter um presente dado um ano antes da licitação em negociata. Eu devolvi o anel em 2012 e não quis mais conversa com ele, rompemos relações”, comentou Cabral, que afirmou ser “risível” a acusação de Cavendish.
O réu também disse que os empresários que contaram ter repassado propinas para ele “são dignos de pena”. Também negou favorecimento em licitações e voltou a admitir o uso pessoal de caixa dois.
SEM PROPINAS? – “Nunca recebi propina, nem no Maracanã, nem em nenhuma obra. O que recebi dessas empresas foi colaboração de campanha e eles misturam colaboração de campanha com propina”, disse.
Nesta terça-feira, Cabral compareceu para depor no processo que investiga supostas fraudes em licitações em obras do Estado, como na reforma do Maracanã e no PAC das Favelas. Também serão interrogados Hudson Braga, ex-secretário de Obras da gestão de Cabral, e empresários que tinham contratos com o Estado.
Eles são investigados nas Operações Calicute e Saqueador, “referindo-se especificamente às tratativas levadas a efeito pelos executivos das empreiteiras Delta, Andrade Gutierrez, Carioca Engenharia, Odebrecht, OAS, Queiroz Galvão, Camargo Corrêa, Camter e EIT”.
As investigações abordam suposta fraude nas licitações de dois conjuntos de obras executadas pelo governo do Rio com recursos federais, “além da formação de grupo cartelizado que atuava para eliminar a concorrência nas grandes obras públicas executadas por aquele Governo estadual”, segundo o MPF.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Cabral e Cavendish eram muito amigos e chegam a ser concunhados em 2011, quando o então governador largou Adriana Ancelmo para se unir à belíssima Fernanda Kfouri, ex-mulher do cantor Bruno Gouveia, do Biquini Cavadão. No acidente de helicóptero em Porto Seguro, morreram sete pessoas, entre elas as irmãs Fernanda e Jordana Kfouri, casada com Cavendish e ex-mulher do empresário José Luca de Magalhaes Lins. Antes que ocorresse o escândalo, Cabral rapidamente se reconciliou com Adriana Ancelmo e compareceu com ela ao enterro de Jordana Kfouri, mas esqueceu de ir ao sepultamento de sua namorada Fernanda, que morreu junto com o filho Gabriel, que teve quando vivia com o cantor Bruno Gouveia. Também morreram no acidente o filho de Jordana com o empresário José Luca e a namorada do hoje deputado Marco Antonio Cabral, a estudante Mariana Fernandes Noleto. O anfitrião Cavendish, o então governador Cabral e o filho escaparam, porque iriam no voo seguinte. (C.N.)


07 de dezembro de 2017
Deu no Estadão

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