"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

CONSELHO DE ÉTICA DA ASSEMBLÉIA DECIDE NA TERÇA-FEIRA SE INVESTIGA PICCIANI

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Charge do Sponholz (sponholz.arq.br)
O Conselho de Ética da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) analisará na próxima terça-feira o pedido da investigação que pode levar à cassação dos mandatos dos deputados Jorge Picciani, presidente afastado da Casa, Edson Albertassi e Paulo Melo, todos do PMDB. Os três foram presos após a Operação Cadeia Velha, da Polícia Federal.
A nova reunião foi marcada depois que a Mesa Diretora da Alerj encaminhou nesta terça-feira para o Conselho de Ética um novo pedido da oposição para que seja aberto processo contra os peemedebistas.
ERRO FORMAL – Mais cedo, o Conselho de Ética se reuniu e adiou uma decisão sobre o tema alegando que o pedido apresentado pela oposição continha um erro formal e precisava de ajustes. Nessa reunião, por unanimidade, os deputados remeteram o pedido com problemas para a Mesa Diretora. A oposição tinha se antecipado e protocolado na última quarta-feira um pedido corrigido. O Globo havia antecipado que o pedido de investigação poderia ser protelado.
Ao final da reunião desta terça, o presidente do Conselho, deputado André Lazaroni (PMDB) disse que assim que direção da Casa encaminhasse o novo pedido convocaria uma nova sessão para deliberar sobre a abertura de investigação.
Ele fez questão de frisar que não está atuando em defesa dos correligionários e está apenas cumprindo as formalidades regimentais da Casa. “Em nenhum momento esperem procrastinação e não esperem nada que vá ferir a Constituição. Natural que me coloquem, que a imprensa me coloque, como tropa de choque dos três deputados que estão presos. Mas eu nunca fui tropa de choque de parlamentar nenhum, sou tropa de choque da população” — disse durante a sessão.
INDEPENDÊNCIA – Lazaroni disse que quem o conhece sabe que ele tem postura independente na bancada e já se posicionou contra medidas do governo estadual, comandando pelo PMDB.
Questionado após a sessão se ficava mais incomodado por ser apontado como defensor dos companheiros de legenda ou por fazer integrar um partido que teve três colegas presos, o deputado disse que está descontente com ambas situações.
“As duas questões me incomodam. Acho que isso é muito claro. Não há como nós do PMDB estarmos satisfeitos, o que nós esperamos é uma investigação e um julgamento justo” — disse aos jornalistas, acrescentando que compreende que a sociedade esteja com “raiva” dos políticos de forma geral.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – A Comissão de Ética pode até aprovar a investigação dos três patetas, mas o plenário vai vetar. Mesmo na cadeia, o trio Cabral/Picciani/Melo, não necessariamente nesta ordem, manda e desmanda na Assembleia e na política do Estado do Rio. Esta é a realidade. (C.N.)


07 de dezembro de 2017
Jeferson Ribeiro
O Globo

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