"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 25 de junho de 2017

INSTITUTO DE DILMAR MENDES LEVOU R$ 2 MILHÕES DA JBS. CAI O MITO DO SÃO JOESLEY E FACHIN TAMBÉM SE COMPLICA





O cenário da política brasileira atual faz o livro “Clube da Luta”, de Chuck Palahniuk, parecer uma obra para coroinhas. Em suma, não há mais qualquer previsibilidade dos próximos eventos e nem mesmo das consequências morais.

Agora, sabemos que o grupo J&F (que controla a JBS), gastou R$ 2,1 milhões em patrocínio de eventos do IDP (Instituto Brasiliense de Direito Público), que tem como sócio o ministro Gilmar Mendes, do STF.

A Folha de S. Paulo questionou o IDP, que disse ter devolvido R$ 650 mil deste total no dia 29 de maio, logo após a revelação do acordo de delação premiada de executivos da empresa. 
Segundo o instituto, isso se devia a uma cláusula contratual relacionada à conduta ética e moral por parte do patrocinador.

Aliás, a JBS escondeu uma informação ao ter dito que gastou R$ 1,45 milhão desde 2015, sem mencionar a devolução de R$ 650 mil. Foram três congressos patrocinados (conforme a empresa). O último foi realizado em Portugal, neste ano, no valor de R$ 650 mil.

O divertido de tudo é que isso quebra a narrativa do Novo PT (Rede) e daqueles que foram cooptados pelas narrativas de Rodrigo Janot e Edson Fachin.

Isso porque agora eles serão obrigados a denunciar o patrocínio entre o IDP e a JBS, e não terão mais moral alguma para inocentarem Edson Fachin, que recebido apoio da JBS em sua campanha para o STF.

Quer dizer. Agora não há mais pretexto para garantir a impunidade de Fachin, pois já existe a condição para punir igualmente Mendes.

É interessante lembrar que Mendes se tornou o “vilão do Brasil” ao não ter derrubado Temer na última sexta. Portanto, está sob ataque de pânico moral. Ninguém poderá defendê-lo. Mas aí temos um detalhe: se Mendes é indefensável (sob a nova ótica adotada nas últimas semanas), os irmãos Joesley e Wesley igualmente não podem ser santificados, a título de garantir-lhes a impunidade. 
E para santificar os irmãos JBS seria preciso validar o acordo bizarro que Fachin fechou com eles. Mas se aplicarmos o código a Mendes, teremos que aplicá-lo a Fachin e já não há mais narrativa que se sustente para proteger o acordo.

Em resumo, tudo isso dá argumentos adicionais para cancelar o acordo com a JBS, mesmo que todas as provas tenham que ser mantidas. Talvez Fachin e Mendes tenham que dividir a mesma cela, provavelmente ambos ao lado de Joesley e Wesley.

Sistema jurídico entra em colapso de narrativas


25 de junho de 2017
ceticismo político

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