A Apatia Não Está no Povo: A Apatia Está nas Pseudo-Lideranças dos Movimentos |
O ativista Rogerio Chequer, líder do VPR, publicou nessa quinta-feira um texto medíocre na Folha de São Paulo em que fala da suposta apatia do povo diante de nosso cenário político.
O próprio texto do líder do VPR, que começa e termina sem dizer nem propor coisa alguma, é uma evidência eloquente de que a apatia não está no povo, mas sim nas pseudo-lideranças surgidas nos movimentos de rua nos últimos anos e que, logo após o impeachment optaram por esvaziar as ruas e se conformar e se adequar à regras do jogo da classe política, se confundindo e se misturando com ela.
Falar em apatia do povo chega a ser um acinte por parte de quem se propõe a fazer uma análise que mereça ser levada a sério: milhões de brasileiros de bem foram às ruas pelo impeachment em manifestações gigantescas pacíficas e ordeiras que foram as maiores da história do país. As ruas se esvaziaram não porque o povo ficou apático ou porque se contentou com o impeachment. As ruas se esvaziaram porque houve uma decisão política das pseudo-lideranças, que são os chefes dos principais grupos que conduziram o movimento pelo impeachment, em assim proceder.
Nunca houve tanto descrédito e repúdio por parte da população contra a classe política. Nunca houve uma rejeição tão enfática por parte do povo contra certos itens da agenda progressista da esquerda. O sentimento presente na maioria da população hoje envolve uma série de elementos, menos apatia. Falar em apatia do povo é desculpa esfarrapada de pseudo-liderança que, ou por incapacidade política ou por conta de seus compromissos com establishment político, não consegue apresentar um diagnóstico da situação política do país e indicar o caminho e o rumo a serem seguidos.
O que se espera de uma autêntica liderança política é que ela tenha capacidade de fazer o diagnóstico o mais correto possível do quadro político, estabelecer cursos de ação e mobilizar seus liderados nessa direção. Hoje, nenhuma dessas pseudo-lideranças tem capacidade ou interesse para tal. Uma evidência disso é o próprio VPR liderado por Rogerio Chequer, que se recusou a abraçar a bandeira do combate ao desarmamento e à nova lei de imigração, temas esses que realmente são capazes de mobilizar a população.
O que estamos assistindo há cerca de um ano, portanto, são estas pseudo-lideranças colocar a responsabilidade do impasse dos movimentos de rua numa suposta apatia do povo, quando na verdade o real motivo desse impasse é a incapacidade, ou falta de interesse, dessas pseudo-lideranças de exercer o papel que delas se espera.
25 de junho de 2017
paulo eneas
crítica nacional
Falar em apatia do povo chega a ser um acinte por parte de quem se propõe a fazer uma análise que mereça ser levada a sério: milhões de brasileiros de bem foram às ruas pelo impeachment em manifestações gigantescas pacíficas e ordeiras que foram as maiores da história do país. As ruas se esvaziaram não porque o povo ficou apático ou porque se contentou com o impeachment. As ruas se esvaziaram porque houve uma decisão política das pseudo-lideranças, que são os chefes dos principais grupos que conduziram o movimento pelo impeachment, em assim proceder.
Nunca houve tanto descrédito e repúdio por parte da população contra a classe política. Nunca houve uma rejeição tão enfática por parte do povo contra certos itens da agenda progressista da esquerda. O sentimento presente na maioria da população hoje envolve uma série de elementos, menos apatia. Falar em apatia do povo é desculpa esfarrapada de pseudo-liderança que, ou por incapacidade política ou por conta de seus compromissos com establishment político, não consegue apresentar um diagnóstico da situação política do país e indicar o caminho e o rumo a serem seguidos.
O que se espera de uma autêntica liderança política é que ela tenha capacidade de fazer o diagnóstico o mais correto possível do quadro político, estabelecer cursos de ação e mobilizar seus liderados nessa direção. Hoje, nenhuma dessas pseudo-lideranças tem capacidade ou interesse para tal. Uma evidência disso é o próprio VPR liderado por Rogerio Chequer, que se recusou a abraçar a bandeira do combate ao desarmamento e à nova lei de imigração, temas esses que realmente são capazes de mobilizar a população.
O que estamos assistindo há cerca de um ano, portanto, são estas pseudo-lideranças colocar a responsabilidade do impasse dos movimentos de rua numa suposta apatia do povo, quando na verdade o real motivo desse impasse é a incapacidade, ou falta de interesse, dessas pseudo-lideranças de exercer o papel que delas se espera.
25 de junho de 2017
paulo eneas
crítica nacional
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