O presidente Michel Temer errou na indicação do ministro da Justiça Alexandre de Moraes para a vaga no Supremo. Temer foi citado na Lava-Jato, vários dos seus ministros também, alguns deles já estão sendo investigados. Esta não é a hora de escolher para o STF alguém da sua copa e cozinha e membro do PSDB.
O Brasil já viveu constrangimentos demais com ministros que claramente têm uma inclinação partidária. O ministro Dias Toffoli foi advogado do PT em campanhas presidenciais e, ao ser indicado para a vaga de ministro, achou que não estava impedido de atuar no julgamento do mensalão. Esse é um dos casos, não o único.
Neste momento com o primeiro e segundo escalões do governo sob o escrutínio do STF seria melhor se o governo Temer não tivesse escolhido um membro do PSDB, e um ministro do seu governo, e muito menos uma pessoa tão controversa.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – No artigo que só pode ser lido na íntegra em O Globo impresso, a colunista Míriam Leitão compara Moraes a Toffoli e lembra também o comportamento parcial de Ricardo Lewandowski, que foi revisor no processo do mensalão e “não escondeu, ao longo do julgamento, que tinha um lado”, e depois, no processo do impeachment de Dilma Rousseff, vetou uma importante testemunha de acusação, o procurador de contas do TCU, Júlio Marcelo de Oliveira, e permitiu que o ministro Nélson Barbosa, autor de uma das pedaladas, testemunhasse a favor da presidente. Por fim, Míriam Leitão assinala que Moraes fatalmente irá julgar no Supremo integrantes do governo a que serviu como ministro da Justiça. Detalhe importante: a cobertura de O Globo e da TV Globo foi amplamente favorável à indicação de Moraes, e a colunista Míriam Leitão apareceu como voz solitária na Organização Globo, ao criticar uma situação político-jurídica verdadeiramente deplorável. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – No artigo que só pode ser lido na íntegra em O Globo impresso, a colunista Míriam Leitão compara Moraes a Toffoli e lembra também o comportamento parcial de Ricardo Lewandowski, que foi revisor no processo do mensalão e “não escondeu, ao longo do julgamento, que tinha um lado”, e depois, no processo do impeachment de Dilma Rousseff, vetou uma importante testemunha de acusação, o procurador de contas do TCU, Júlio Marcelo de Oliveira, e permitiu que o ministro Nélson Barbosa, autor de uma das pedaladas, testemunhasse a favor da presidente. Por fim, Míriam Leitão assinala que Moraes fatalmente irá julgar no Supremo integrantes do governo a que serviu como ministro da Justiça. Detalhe importante: a cobertura de O Globo e da TV Globo foi amplamente favorável à indicação de Moraes, e a colunista Míriam Leitão apareceu como voz solitária na Organização Globo, ao criticar uma situação político-jurídica verdadeiramente deplorável. (C.N.)
08 de fevereiro de 2017
Míriam Leitão
O Globo
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