O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, ainda bastante influente no PSDB e em determinados setores da imprensa, continua a se mostrar uma pessoa desconectada da população brasileira, seus valores e prioridades.
Duas semanas após defender a legalização de todas as drogas e a libertação de traficantes (leiam aqui), agora o ex-presidente usou suas redes sociais para defender que Jean Willys não seja punido por ter cuspido em Jair Bolsonaro.
Vejam a postagem do ex-presidente em sua página no Facebook:
Minha formação democrática e republicana levou-me a ser cuidadoso com quaisquer restrições a direitos, à liberdade e às decisões populares. Mesmo recentemente, quando se discutiu um impeachment, fui restritivo até ver que as condições legais e a vontade popular levavam a ele. O mesmo fiz quando se cogitou de impeachment no mandato do presidente anterior, a que me opus. Havendo sido testemunha, décadas atrás, das violências que foram praticadas contra parlamentares eleitos pela legenda do PCB, toda vez que surge uma proposta de fazer cessar o exercício de mandatos populares, sou restritivo e trato de me opor.
Recordo que no exercício da Presidência da República houve um deputado que, da tribuna, propôs meu fuzilamento, por discordar de decisões minhas e de minha orientação política. Jamais incentivei qualquer tentativa de restringir sua ação ou cassar seu mandato, nem mesmo tomei qualquer providência jurídica eventualmente cabível.
Com idêntica motivação me oponho a que se procure cassar o mandato do deputado Jean Wyllys, que não é de meu partido e que em seu blog faz críticas ocasionais a mim que considero injustas.
Uma coisa nada tem a ver com a outra. A opinião em uma democracia deve ser livre, mesmo quando os fundamentos para ela possam parecer equivocados na visão de outrem. No caso do deputado em questão, trata-se de figura pública que assume posições desassombradas, sobretudo no âmbito cultural-moral, firme atuação nas questões ligadas à população LGBT e defende com ardor posições minoritárias.
Eventuais excessos verbais ou gestuais cometidos - se é que existiram – devem ser resolvidos no âmbito parlamentar, com a supressão de referências a eles nos Anais da Câmara, nunca, porém apelando-se à violência da cassação ou suspensão de mandatos.
08 de fevereiro de 2017
postado por m.americo
Duas semanas após defender a legalização de todas as drogas e a libertação de traficantes (leiam aqui), agora o ex-presidente usou suas redes sociais para defender que Jean Willys não seja punido por ter cuspido em Jair Bolsonaro.
Vejam a postagem do ex-presidente em sua página no Facebook:
Minha formação democrática e republicana levou-me a ser cuidadoso com quaisquer restrições a direitos, à liberdade e às decisões populares. Mesmo recentemente, quando se discutiu um impeachment, fui restritivo até ver que as condições legais e a vontade popular levavam a ele. O mesmo fiz quando se cogitou de impeachment no mandato do presidente anterior, a que me opus. Havendo sido testemunha, décadas atrás, das violências que foram praticadas contra parlamentares eleitos pela legenda do PCB, toda vez que surge uma proposta de fazer cessar o exercício de mandatos populares, sou restritivo e trato de me opor.
Recordo que no exercício da Presidência da República houve um deputado que, da tribuna, propôs meu fuzilamento, por discordar de decisões minhas e de minha orientação política. Jamais incentivei qualquer tentativa de restringir sua ação ou cassar seu mandato, nem mesmo tomei qualquer providência jurídica eventualmente cabível.
Com idêntica motivação me oponho a que se procure cassar o mandato do deputado Jean Wyllys, que não é de meu partido e que em seu blog faz críticas ocasionais a mim que considero injustas.
Uma coisa nada tem a ver com a outra. A opinião em uma democracia deve ser livre, mesmo quando os fundamentos para ela possam parecer equivocados na visão de outrem. No caso do deputado em questão, trata-se de figura pública que assume posições desassombradas, sobretudo no âmbito cultural-moral, firme atuação nas questões ligadas à população LGBT e defende com ardor posições minoritárias.
Eventuais excessos verbais ou gestuais cometidos - se é que existiram – devem ser resolvidos no âmbito parlamentar, com a supressão de referências a eles nos Anais da Câmara, nunca, porém apelando-se à violência da cassação ou suspensão de mandatos.
08 de fevereiro de 2017
postado por m.americo
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