"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

DEVER CUMPRIDO POR SENADORES, NUMA SEGUNDA-FEIRA


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Requião criticou o retrocesso social que está ocorrendo
Segunda-feira, desde tempos imemoriais, costume ser de ausências no Senado. Outros dias da semana, também. Pois no último dia 6 houve uma exceção. Ou melhor, três. Mesmo com o plenário vazio, para não fugir à regra, discursaram Roberto Requião, Gleisi Hoffmann e José Reguffe. Três pronunciamentos de peso.
Não reproduziremos seu conteúdo, para aguçar a curiosidade do leitor capaz de recorrer ao Diário do Congresso ou à internet, registrando apenas que Requião expôs o governo Michel Temer de forma cruel, demonstrando o retrocesso social, político e econômico em que o atual presidente mergulhou o país. Gleisi dedicou-se a abordar o domínio das elites e de seus interesses, de tabela fazendo votos pela volta do Lula. E Reguffe elencou o mal que o governador de Brasília vem trazendo à capital federal.
A performance dos dois senadores pelo Paraná e do senador pelo Distrito Federal revela que nem tudo está perdido, no Congresso.
O NOVO MINISTRO – O presidente Temer encontra-se diante de uma encruzilhada: escolher um político ou um jurista para ministro da Justiça. Já tivemos bons e maus juristas, competentes e incompetentes políticos, na pasta.
Qualquer que venha, no entanto, terá um obstáculo a mais: o presidente. Porque jurista e político, é o próprio Temer. Não poderá, por isso, nomear alguém fora de seu circulo de amizades. Precisará fixar-se em alguém capaz de receber sua orientação sem magoar-se nem se julgar diminuído quando seus palpites estiverem um ponto acima do limite.
Outra necessidade refere-se à delimitação de espaços com os demais ministros. Alguém tirado da cúpula do PMDB, PSDB e outros partidos baterá de frente com o chefe da Casa Civil e com o novo ministro da Coordenação Política. Saído de um tribunal, esbarrará no Procurador-Geral da República e na Advogada-Geral da União.
Quanto ao ex-ministro Alexandre de Moraes, dependerá exclusivamente dele não atritar-se com algum colega do Supremo.

08 de fevereiro de 2016
Carlos Chagas

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