"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 15 de janeiro de 2017

PERTO DE ASSUMIR, TRUMP DIZ QUE PODE RETIRAR AS SANÇÕES CONTRA A RÚSSIA


Grafite com beijo de Trump e Putin ilustra temor dos lituanos (Foto: Petras Malukas/AFP)
Um grafite na Lituânia exibe Trump e Putin se beijando
O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, disse em entrevista ao “Wall Street Journal” que pode retirar sanções contra a Rússia, impostas pelo governo de Barack Obama em dezembro em resposta aos supostos ataques de hackers patrocinados pelo país. “Se nos dermos bem e a Rússia realmente estiver nos ajudando, por que teríamos sanções se alguém está fazendo coisas boas?”, disse o republicano ao jornal, referindo-se à possibilidade de os russos ajudarem os EUA a enfrentar o terrorismo e outros objetivos de interesse de seu governo.
Trump também disse na entrevista que pode se encontrar com o presidente russo Vladimir Putin depois da sua posse em 20 de janeiro. Na mesma entrevista, o presidente eleito também voltou a entrar em polêmica com a China. Perguntado sobre se apoiava a política de “uma China”, que norteia as relações diplomáticas entre Estados Unidos e o país há décadas, Trump disse que “tudo está sob negociação, inclusive a ‘uma China'”.
A política de “uma China” significa que os EUA reconhecem a posição chinesa de que Taiwan é parte do país. Detalhe: Trump irritou os chineses ao receber uma ligação da presidente taiwanesa parabenizando-o por sua eleição.
VAI CONVERSAR – Trump já havia dito anteriormente que acusaria a China de manipular sua moeda após tomar posse. Ao “Journal”, ele disse que conversaria com os chineses antes de fazer isso, mas criticou as práticas do país.
“Em vez de falar, ‘estamos desvalorizando nossa moeda’, eles dizem, ‘oh, nossa moeda está caindo’. Não está caindo. Eles estão fazendo de propósito. Nossas empresas não podem competir com eles porque nossa moeda é forte e isso está nos matando”, afirmou Trump.
O Ministério das Relações Exteriores da China disse neste sábado (14) que o princípio da “uma China” não era negociável.
MAR DO SUL DA CHINA – A equipe de Trump já tinha tido uma rusga com a China nesta semana, quando o indicado ao cargo de secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, disse na quarta-feira (11), em audiência de confirmação no Comitê de Relações Exteriores do Senado, que queria enviar um sinal à China de que o acesso do país às ilhas no disputado Mar do Sul da China “não será permitido.”
Os Estados Unidos teriam que “travar uma guerra de larga escala” para evitar o acesso chinês a essas ilhas, respondeu o jornal chinês “Global Times” em um editorial na sexta-feira (13). O jornal, conhecido por suas duras palavras e editoriais nacionalistas, é considerado pelo principal veículo do Partido Comunista.


15 de janeiro de 2017
Deu no Wall Street Journal

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